Geração de emprego em Goiás cresce 15,9% no primeiro semestre 2024

Goiás criou 67.440 novos postos de trabalho no primeiro semestre de 2024, reflexo de 524.640 admissões e 457.200 desligamentos. Em relação ao mesmo período de 2023, houve um aumento de 15,9%, 9.288 empregos a mais em números absolutos. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta terça-feira (30/7).

Em 2024, o principal destaque é o setor de serviços, que empregou 26.015 pessoas, correspondendo a 38,5% de todos os novos postos de trabalho. Em seguida, vem o setor industrial, com 13.243 vagas; o ramo de construção (12.022), agropecuária (10.156) e comércio (6.006). Juntos, os setores de indústria, serviços e comércio representam uma parcela de 67,1% de todas as vagas criadas ao longo do ano.

Março foi o mês mais produtivo, ao marcar um saldo positivo de 15.718 empregos gerados unicamente ao longo daquele mês, acompanhado por janeiro (14.130), fevereiro (13.722), abril (13.491), junho (8.605) e maio (1.752).

Para o governador Ronaldo Caiado, Goiás vive um momento positivo. “Isso foi construído dentro da parceria com os empresários, com um estado que desburocratiza a máquina pública e facilita a vida do empreendedor, o que coloca Goiás em um patamar superior em termos de emprego, renda e salários”, enfatizou.

“A geração de empregos em Goiás é resultante de políticas eficazes de incentivo e de uma economia em crescimento constante, proporcionando melhores oportunidades e qualidade de vida para os cidadãos goianos a cada ano que passa”, celebra o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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