A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou, na sexta-feira passada, o bloqueio de até R$ 11,3 milhões em bens, imóveis e valores nas contas bancárias de Geraldo Alckmin, do PSDB. A informação só foi divulgada nesta quarta-feria, dia 5, pela Polícia Federal, que emitiu o pedido de bloqueio.
A decisão também atingiu Marcos Monteiro, ex-tesoureiro do PSDB e ex-secretário de planejamento do governo paulista, e Sebastião Eduardo Alves de Castro, ex-assessor do tucano. No caso destes, o bloqueio determinado é de até R$ 9,3 milhões.
Alckmin, que já governou o estado de São Paulo e a prefeitura da cidade de São Paulo, agora é réu por caixa 2, corrupção e lavagem de dinheiro, por meio de denúncia do Ministério Público. A acusação diz que o tucano recebeu R$ 11,3 milhões da Odebrecht durante as campanhas eleitorais de 2010 e 2014, quando concorria ao cargo de governador.
De acordo com os promotores que investigaram o caso, as transferências para Alckmin foram feitas via caixa 2. Isso porque a empreiteira estava impedida de fazer doações eleitorais em razão de ter contratos com o governo. Ainda segundo os promotores, Geraldo Alckmin sabia que o valor não seria declarado.
Geraldo Alckmin já foi 2 vezes candidato à presidência do Brasil. Perdeu, em 2006, para Lula, e em 2018, para Jair Bolsonaro.
