Gerente de banco e namorada são presos por furto de quase R$ 100 mil em Anápolis

Gerente de banco e namorada são presos por suspeita de furtar quase R$ 100 de correntistas em Anápolis

Nesta quarta-feira, 1º, um gerente de banco e sua namorada foram presos após a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) identificar que o bancário estava desviando dinheiro dos correntistas da instituição financeira na qual trabalhava para a conta de sua namorada de 19 anos.

O banco apurou os desvios e estima que o prejuízo causado pelo casal ultrapassa o valor de R$ 92 mil, somando todos os desvios realizados desde maio deste ano nas contas de vários correntistas do banco em Anápolis.

De acordo com a Polícia Civil, o ex-gerente se aproveitava das facilidades do cargo para verificar as contas sem movimentações recentes, levando a crer que os desvios passariam despercebidos. Além de sua namorada, o ex-gerente também fazia transferências para contas de amigos.

A prisão em flagrante do bancário aconteceu quando ele retornou de suas férias, período em que chegou a movimentar R$ 8 mil, desviados de um correntista que contatou outro funcionário da agência informando que não reconhecia aquelas transações em sua conta.

Ao ser preso em flagrante em sua residência, o ex-gerente admitiu ainda envolvimento com tráfico de drogas, quando foram encontradas drogas ao lado de três balanças de precisão e embalagens próprias para a venda.

Com as informações obtidas pela Polícia Civil, ele e sua namorada estão presos e responderão por crimes de associação criminosa e de furtos qualificados pelo abuso de confiança, mediante fraudes em sistemas informáticos. Com isso, suas penas podem chegar a 11 anos de reclusão em regime fechado e, no caso do ex-gerente, pode se somar mais 15 anos pelo crime de tráfico de drogas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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