Após áudios, gestora de UPA é exonerada por suposto assédio e ameaças no DF
O caso de uma gestora da Unidade de Pronto Atendimento do Gama, no Distrito Federal, gerou polêmica nos últimos dias. A gestora, Thaysa Gabriela Lobo Silva, foi exonerada após médicos denunciarem assédio e ameaças por parte dela. As denúncias incluem pressão sobre equipes para liberar leitos e comparecer a eventos, o que gerou revolta entre os profissionais de saúde e a população em geral. O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) confirmou a exoneração a pedido do governador Ibaneis Rocha.
Os relatos apontam que a gestora pressionava os profissionais a dar alta a pacientes internados, mesmo sem condições adequadas para isso. Áudios reveladores mostram Thaysa Gabriela Lobo Silva solicitando favores e questionando a necessidade de internação dos pacientes. Além disso, os profissionais denunciaram ameaças para que comparecessem a uma confraternização que contava com a presença do governador do DF.
Os médicos também apontaram casos de exaustão, afirmando que desde 2024 sofrem assédio da gestora. Eles destacam a falta de profissionais e o esgotamento resultante da pressão exercida sobre eles para liberar pacientes ou seguir protocolos inadequados. A capacidade de atendimento da UPA do Gama, que é de 4,5 mil atendimentos por mês, tem sido superada, chegando a oito mil atendimentos mensais.
Os profissionais revelaram que são orientados a não relatar problemas no grupo de telefone da UPA, pois gestores apagam as mensagens para manter a aparência de que tudo está sob controle. A situação chegou a um ponto insustentável, levando à decisão de exonerar a gestora envolvida. O governador do DF repudiou as atitudes assediosas da gestora e afirmou que não autorizou que ela falasse em seu nome.
O Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF) emitiu uma nota oficial informando sobre a exoneração da profissional envolvida. O posicionamento reforça o repúdio às atitudes assediosas e ressalta que o governador não autorizou que Thaysa Gabriela Lobo Silva falasse em seu nome. A ação rápida em resposta às denúncias reflete a gravidade do caso e o compromisso com o respeito aos profissionais de saúde e à ética no ambiente de trabalho.
Diante desse cenário, é fundamental que medidas sejam tomadas para garantir a integridade dos profissionais de saúde e a qualidade no atendimento à população. A exoneração da gestora envolvida nos episódios de assédio e ameaças é um passo importante nesse sentido, mas cabe às autoridades competentes investigar e atuar para prevenir situações semelhantes no futuro. A transparência e a responsabilidade são fundamentais para promover um ambiente de trabalho saudável e respeitoso.