Gilmar e Janot pegam mesmo voo para Europa

Adversários ferrenhos, o ministro Gilmar Mendes e o ex-procurador-geral Rodrigo Janot embarcaram hoje no mesmo voo da TAP. O ministro, que também é presidente do TSE, está a caminho da Alemanha para acompanhar a eleição presidencial. Por pouco os dois não sentaram lado a lado. A poltrona de Gilmar fica atrás da ocupada por Janot.

Os dois não se cumprimentaram na fila de embarque. O fato não passou desapercebido por vários passageiros, que não disfarçaram a surpresa com a cena inusitada.

Na sua primeira semana de folga, Janot decidiu descansar na Europa. Segundo interlocutores ele está indo para a Itália. Tanto ele quanto Mendes se encontrarão novamente no aeroporto de Portugal para fazer suas devidas conexões.

O encontro dos dois no avião ocorre um dia depois de Mendes ter defendido, durante sessão no STF, que Rodrigo Janot deveria ter pedido a própria prisão diante do malogro das investigações do caso JBS. O ministro, que foi procurador da República nos anos 1980, seguiu. “Eu sou da turma de 84. Certamete já ouvimos falar de procuradores preguiçosos, de procuradores violentos, alcoólatras, mas não de procuradores ladrões. É disso que se cuida aqui, corruptos num processo de investigação. Essa pecha a Procuradoria não merecia ao fazer investigação criminal.”

Foto: Reprodução

As informaçõos são do Estadão

 

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STF mantém acordo de delação premiada de Mauro Cid

Após três horas de audiência, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a validade do acordo de delação premiada do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal (PF) na oitiva realizada na terça-feira, 19.

O depoimento foi enviado pelo ministro de volta à PF para complementação das investigações.

Em entrevista após o depoimento, a defesa de Cid disse que os benefícios da delação foram mantidos e ele prestou os esclarecimentos solicitados.

A oitiva foi conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pela homologação da delação premiada do militar. O conteúdo do depoimento não foi divulgado.

Contradições

Na terça-feira (19), Mauro Cid negou em depoimento à PF  ter conhecimento do plano golpista para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e Moraes.

Contudo, de acordo com as investigações da Operação Contragolpe, deflagrada no mesmo dia, uma das reuniões da trama golpista foi realizada na casa do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022, e teve a participação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

No ano passado, Cid assinou acordo de delação premiada com a PF e se comprometeu a revelar os fatos que tomou conhecimento durante o governo de Bolsonaro, como o caso das vendas de jóias sauditas e da fraude nos cartões de vacina do ex-presidente.

Mauro Cid é um dos 37 indiciados pela PF no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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