Membro do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes ordenou nessa sexta-feira pela soltura do secretário de João Dória, o ex-deputado Alexandre Baldy. Ele tinha sido preso na quinta-feira por fraudes em contratos da área de saúde em 2013, enquanto ainda atuava em Goiás.
Após a ordem, Baldy deixou a Polícia Federal, na Lapa, por volta das 2h45 da madrugada deste sábado, dia 8. No mandato de Michel Temer, o goiano foi Ministro das Cidades. O político havia sido preso na Operação Danadários, que é mais um dos capítulos da Lava Jato.
A defesa de Baldy recorreu ao Supremo na sexta-feira, para pedir a liberdade do secretário. Segundo eles, a condução coercitiva estava “travestida de prisão temporária”. Gilmar Mendes foi escolhido por sorteio e liberou o habeas corpus no fim da noite.
Gilmar Mendes justificou a soltura com o fato de que os supostos crimes investigados teriam acontecido há cerca de dois anos, e que por isso seria difícil que os diálogos relembrados, de tanto tempo atrás, pudessem servir como prova de um crime.
Em nota, a defesa de Alexandre Baldy disse: “Não há um indicio de atos ilícitos praticados por Alexandre Baldy. Os valores apreendidos em sua residência estavam declarados no imposto de renda, como todos os seus bens. Fez-se um espetáculo sobre o nada”.
“O Supremo colocou as coisas em seu devido lugar, cumprindo seu papel de guardião da Constituição e da dignidade humana”, concluíram.