A decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos – PB), de indicar o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) para a relatoria do projeto de lei Antifacção foi criticada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Em postagem nas redes sociais, Gleisi afirmou que a escolha do Secretário de Segurança do governador Tarcísio de Freitas contamina o debate com objetivos eleitoreiros. Ela ressaltou que a prerrogativa da indicação da relatoria cabe ao presidente da Câmara e enfatizou que o projeto é de autoria do Executivo e foi encaminhado ao Congresso na última sexta-feira, conforme relatado. Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a proposta como prioridade do governo para fortalecer o Estado no combate às organizações criminosas. Gleisi acrescentou que o governo busca um debate substancial sobre o tema, atendendo às demandas da sociedade. A ministra ressaltou o compromisso do governo em preservar o interesse público e a soberania nacional durante a tramitação do projeto. De acordo com a proposta, condenados por organização criminosa qualificada poderão receber até 30 anos de prisão. Guilherme Derrite, que ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo, reassumiu seu mandato parlamentar para relatar o texto. O presidente da Câmara, Hugo Motta, justificou a escolha de um parlamentar da oposição para relatar um projeto do governo como uma maneira de garantir um debate técnico e amplo entre as bancadas.




