Globo demite José Hamilton Ribeiro e repórter secreto do Fantástico

Globo demite José Hamilton Ribeiro e Eduardo Faustini

Nesta quinta-feira (25) a Rede Globo de televisão desligou mais dois colaboradores do seu quadro de funcionários. Dessa vez foram dois jornalistas, que trabalhavam a anos na emissora, José Hamilton Ribeiro e Eduardo Faustini, conhecido como o “repórter secreto” do Fantástico.

Segundo informações cedidas pela emissora, a saída dos profissionais ocorreram em comum acordo e sob forte comoção. Durante todo o período pandêmico a rede globo tem demitido diversos nomes, que fizeram parte da história da televisão brasileira.

Profissional reconhecido mundialmente e com direito a receber o Prêmio Maria Moors Cabot em 2006, José Hamilton Ribeiro era repórter especial do programa dominical “Globo Rural”, Ribeiro atuou no canal mantido pela família Marinho desde o início dos anos 1980. Ele contabiliza mais de 60 anos de experiência em jornalismo.  Durante a cobertura da Guerra do Vietnã, e 1960, José perdeu uma das pernas, ao pisar em uma mina.

Já Eduardo Fautini, trabalhava em matérias para a televisão, ele chamou a atenção por nunca mostrar seu rosto, feito que fez com que a equipe do Fantástico, usasse seu apelido “Repórter Secreto”. Com sua imagem preservada o repórter tocou diversas investigações jornalísticas para a revista eletrônica da emissora. Em 2014, ele produziu a série “Cadê o dinheiro que estava aqui?”, onde denunciou casos de corrupção por todo País.

Cortes no jornalismo

A saída de José Hamilton Ribeiro e Eduardo Fautini do quadro de jornalistas da globo se somam a outros recentes cortes no núcleo da emissora. No último mês, pelo menos seis jornalistas saíram da emissora: Alberto Gaspar, Alexandre Oliveira, Ari Peixoto, Edson Silva, Herci Moraes e Roberto Paiva. Todos tinham pelo menos uma década de experiência na emissora.

Os cortes no núcleo jornalístico da emissora acontece em meio as notícias de que as contas da emissora não caminhão tão bem. No início de outubro o Colunista Guilherme Ravache informou em sua coluna no UOL que, a Rede Globo teve um prejuízo milionário, segundo o colunista, no primeiro semestre deste ano o prejuízo foi de cerca de R$144 milhões.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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