A General Motors (GM) e sua marca Cadillac irão se tornar a 11ª equipe do grid da Fórmula 1 a partir de 2026, anunciou a categoria nesta segunda-feira, 25. Além de se juntar à competição como nova equipe, a GM também atuará como fornecedora de motores a partir de 2028. Até lá, a equipe utilizará motores Ferrari, conforme a agência de notícias Associated Press (AP).

O anúncio não menciona a Andretti, uma equipe americana que tentou, com apoio da Cadillac, garantir uma vaga na F1, mas teve sua candidatura rejeitada no início deste ano.

Mohammed bin Sulayem, presidente da FIA, manifestou apoio ao acordo, destacando que todas as partes envolvidas, incluindo a GM e a equipe, trabalharão juntas para garantir que a entrada da GM/Cadillac seja bem-sucedida. “Eu apoio todos os esforços feitos pela FIA, Fórmula 1, GM e a equipe para manter diálogo e trabalhar até que fosse possível o acordo em princípio para progredir com essa entrada”, declarou Sulayem.

Greg Maffei, presidente e CEO da Liberty Media, dona da Fórmula 1, ressaltou que a entrada da GM/Cadillac vai fortalecer os planos de expansão da F1 nos Estados Unidos. “A Fórmula 1 sempre acreditou que uma marca impressionante como a GM/Cadillac vai trazer mais valor e interesse ao esporte”, afirmou.

A ideia de adicionar mais equipes à F1 vinha sendo discutida há algum tempo. Em janeiro de 2023, Sulayem demonstrou interesse em abrir oportunidades para novas equipes. No entanto, nem todos na F1 compartilhavam esse desejo, como foi o caso de Stefano Domenicali, CEO da categoria, que se mostrou resistente à mudança. A Cadillac, então, se uniu à Andretti, uma equipe americana liderada por Michael Andretti, para tentar garantir um lugar no grid.

Em janeiro de 2024, a Fórmula 1 rejeitou a candidatura da Andretti, alegando que a inclusão da equipe não traria benefícios para o esporte de forma geral. Porém, nesta segunda-feira, Domenicali expressou sua aprovação ao projeto GM/Cadillac, considerando-o uma “importante demonstração” da evolução da F1.

A temporada de 2026 marcará a volta de mais de dez equipes no grid, algo que não acontecia desde 2016, quando a Manor foi a última equipe a fazer parte da Fórmula 1. Com a saída da Manor, o formato com 20 carros se consolidou e segue vigente até hoje. Atualmente, a Fórmula 1 também conta com a equipe Haas, outra organização americana que estreou em 2016, embora ainda não tenha vencido uma corrida ou subido ao pódio.