Goiana Iêda Leal assume cargo no inédito Ministério da Igualdade Racial

A militante goiana Iêda Leal assumiu o cargo de Secretária de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial do inédito Ministério da Igualdade Racial. Ela já integrava a equipe de transição no eixo com essa temática. O anúncio foi feito no próprio perfil pessoal em uma rede social.

 

“Ocuparei esse lugar na certeza que represento a coletividade, que é fruto de uma caminhada de luta contra o racismo no Brasil e no mundo. O movimento negro está preprarado para junto com o presidente Lula e o vice Alckmin a restabelecer o Estado democrático de direito e sem racismo onde mulheres negras, homens negros, juventude negra, comunidade LGBTQUIA= e não negros se sintam acolhidos (as) (es)”, publicou.

 

Professora de carreira, Iêda tem longa atuação junto ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (SINTEGO). Além de lutar pelo causa educacional, ela também responde como presidente do Movimento Negro Unificado (MNU). O trabalho junto a equipe de transição no planejamento de ações para o mandato de Lula, entre 2023 e 2025, ajudará a coordenar as atividades no cargo.

 

Iêda Leal nasceu em Pires do Rio, no interior de Goiás. Começou a trabalhar como professora aos 14 anos em uma escola perto da casa onde morava.  É formada em pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e tem especialização na área. 

 

A ativista faz parte de movimentos sindicais desde 1990. Foi conselheira Titular do Conselho Municipal de Educação de Goiânia, conselheira Nacional da Promoção da Igualdade Racial e presidente do SINTEGO.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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