Última atualização 25/08/2024 | 13:27
Neste domingo, 25, Goiânia amanheceu sob uma espessa camada de fumaça, resultado de queimadas que têm assolado a região e se intensificado com a ventania que ocorreu durante a madrugada. O fenômeno, que prejudicou a visibilidade e tornou o ar quase irrespirável, também trouxe sujeira e desconforto para os moradores da capital goiana.
A forte ventania que começou por volta das 2h da madrugada ajudou a espalhar rapidamente a fumaça por toda a cidade. Nas redes sociais, moradores expressaram preocupação e indignação com o cenário.
“Goiânia está com cenário apocalíptico nesse domingo”, escreveu a psicóloga Jéssica Amorim no X (antigo Twitter). Outros residentes, como a designer Ana Júlia Batista, também relataram o desconforto causado pelo ar pesado: “Aqui em Goiânia tá insalubre para respirar com esse tempo seco e queimadas”.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre os dias 23 e 25 de agosto, Goiás registrou 203 focos de queimadas, com a maioria concentrada nas regiões sul e sudoeste do estado. Chapadão do Céu, em particular, foi responsável por 31,5% desses focos.
Medições de materiais particulados no ar mostraram um aumento drástico na concentração de poluentes, com níveis que triplicaram em menos de 24 horas. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) emitiu um alerta, recomendando que a população tome precauções, como reforçar a hidratação, evitar a exposição ao sol e permanecer em ambientes fechados e ventilados.
A situação em Goiânia reflete um cenário preocupante que se repete em outras regiões do Brasil. No ano passado, Goiás havia registrado uma redução significativa no número de queimadas em agosto, mas 2024 já supera quase o dobro de registros do ano anterior. Apesar dos esforços das autoridades, como a Defesa Civil e os Bombeiros, para combater os incêndios, o problema continua se agravando.
Em nota, a SES-GO destacou a importância de se tomar medidas para proteger a saúde, especialmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, que são mais vulneráveis às complicações respiratórias e à desidratação causadas pelas atuais condições climáticas e ambientais.