Goiânia adota novas medidas para garantir segurança da comunidade escolar

A Prefeitura de Goiânia adotou, nesta semana, novas medidas para garantir a segurança nas unidades de ensino da capital. Em ofício circular enviado às escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), a Secretaria Municipal de Educação (SME) orienta sobre o monitoramento de pessoas dentro das instituições, revista de materiais e suspensão temporária do uso de mochilas para estudantes a partir do 5º ano do ensino fundamental.

As medidas foram elaboradas a partir de orientações de órgãos de segurança pública e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia, que promove, desde o dia 05 de abril, a Operação Escolas Sem Violência. A iniciativa, que consiste no monitoramento das unidades educacionais, conta com o apoio de 800 agentes e 105 viaturas.

O prefeito Rogério Cruz explica que as novas medidas adotadas pelo município e a força-tarefa elaborada pela GCM “são importantes para assegurar ambientes educacionais seguros para que os estudantes possam se desenvolver”.

“Estamos orientando os gestores das unidades de ensino sobre as medidas de segurança e autorizamos que Grupos de Inteligência da Guarda Civil atuem nas imediações das escolas e acompanhem as redes sociais para identificar possíveis ameaças”, explica o prefeito.

As novas medidas repassadas às escolas e Cmeis proíbem a entrada de pessoas com capacetes e jaquetas dentro das unidades, e veta o acesso de fornecedores, pais e visitantes no horário do recreio.

Segundo o secretário municipal de Educação, Wellington Bessa, as medidas incluem, ainda, a implantação de sistema de alerta denominado “Botão do Pânico” e de outros mecanismos de segurança. “A orientação é para que os recursos, enviados por meio do Programa de Autonomia Financeira das Instituições Educacionais, sejam utilizados na instalação de alarmes e câmeras de segurança interligadas e monitoradas pela GCM”, explica Bessa.

Confira as novas medidas anunciadas pela Secretaria Municipal de Educação:

• As unidades devem realizar o controle e monitoramento da entrada de pessoas no ambiente escolar. Para isso, deve-se designar servidores (agente de apoio educativo, preferencialmente) para controlar e identificar a entrada de pessoas. Os dados devem ser anotados para fins de registro e controle, com apresentação de documento de identificação pessoal.

• As unidades educacionais devem acompanhar de perto a necessidade da entrada de ex-alunos no ambiente escolar.

• As unidades não devem permitir a entrada de pessoas utilizando capacetes e jaquetas.

• Proibida a entrada e saída de pessoas no horário do recreio, nem mesmo de fornecedores, pais e visitantes.

• As unidades devem utilizar os recursos financeiros já destinados para reformas e adequações que impactam no aumento da segurança das unidades, dentre elas: instalação de portões eletrônicos no acesso de entrada de carros, instalação de concertina, construção ou adequação de guarita, etc.

• Para melhor controle e segurança dos estudantes, está suspensa a entrada dos pais ou responsáveis nas escolas para levar os filhos ou buscá-los na porta da sala de aula.

• Suspensão temporária do uso de mochila para os estudantes a partir do 5º ano.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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