Goiânia, Anápolis e Aparecida estão entre melhores cidades brasileiras de saneamento básico

Um estudo do Instituto Trata Brasil divulgado nesta terça-feira (22), analisou os indicadores de saneamento das 100 maiores cidades do país. Goiânia ficou em 19º no ranking de qualidade do serviço. Anápolis e Aparecida de Goiânia também aparecem da tabela, mas em 35º e 47º lugares respectivamente.

A pesquisa foi publicada em função do Dia Mundial da Água, celebrado nesta terça-feira (22). A data foi estabelecida em 1992, pela Organização das Nações Unidas (ONU), o objetivo era chamar a atenção do governo para o recurso fundamental para a vida. Passadas três décadas, estudos apontam que as dificuldades de acesso à água potável para 35 milhões de brasileiros. Além disso, 100 milhões não têm coleta de esgoto.

Esses números representam 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento, que são despejados todos os dias na natureza. Essa poluição, gera a ‘morte’ de nascentes e mananciais responsáveis pelo abastecimento. Tonando assim, a água a cada dia mais escassa e de menor qualidade.

Monitoramento em Goiás

Em Goiás, o monitoramento e tratamento nos mananciais que abastecem o estado, são feitos através da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), por meio do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo).

Segundo o órgão, o monitoramento ocorre a cada três meses. No entanto, casos específicos, nos quais houve denuncia, descarte irregular de esgoto ou outros poluentes, a fiscalização pode ocorrer semanalmente. Isso garante uma água de melhor qualidade.

“Através deste monitoramento contínuo das águas nós vamos observar se tem uma melhoria ou uma piora. Porque quando o manancial está poluído, a empresa de tratamento de água vai gastar muito para tratar uma água ruim”, explicou André Amorim, gerente do Cimehgo.

Ainda de acordo com Amorim, a utilização de águas poluídas pode causar graves prejuízos para a saúde humana. No entanto, a contaminação pode ocorrer tanto pelo contato direto com a água, ou seja, ao beber ou tomar banho. Ou, através de alimentos regados. De acordo com o gerente da Cimehgo, a poluição em mananciais goianos vem aumentando gradativamente.

“A poluição não é momentânea, é algo que se torna na maioria das vezes até fixar, no sentido: Você começa a poluir hoje e vai continuar poluindo, seja indústria ou até em casas simples”, explicou André.

Vale ressaltar que o não cuidado com a água leva a escassez do recurso.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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