Goiânia: bebê morto pela mãe será enterrado dez anos depois

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) conseguiu uma decisão judicial para realizar o registro de nascimento e óbito de um bebê morto pela própria mãe em 2011, em Goiânia. De acordo com o órgão, o corpo precisa desses documentos para que possa ser enterrado e está no IML há cinco anos porque a genitora descumpriu ordem judicial para enterrá-lo.

De acordo com os autos, a menina nasceu no dia 11 de março de 2011, em uma maternidade do Setor Bueno, região sul da capital. Entretanto, o bebê foi morto pela própria mãe um dia depois do nascimento. Ela escondeu o corpo no escaninho do seu apartamento e ele só foi encontrado cinco anos depois pelo ex-marido dela.

A mulher foi condenada a 18 anos e oito meses de prisão por homicídio e está presa na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia. O corpo da menina foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), onde permanece desde então. Diante da situação, a DPE-GO entrou na justiça para garantir que a criança recebesse o registro de nascimento e a certidão de óbito. De acordo com o defensor público Tiago Bicalho, esses registros são “verdadeiras provas jurídicas da existência da pessoa e, principalmente, requisitos para o reconhecimento e o exercício de uma série de direitos vinculados aos princípios da cidadania e dignidade da pessoa humana”.

O órgão ganhou a ação e, finalmente, a menina poderá ser sepultada. A decisão decisão garantiu ainda que o traslado e o enterro dos restos mortais seja feito pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) em um cemitério de Goiânia.

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STF homologa plano para melhorar condições de presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu homologar o Plano Pena Justa, elaborado pelo governo federal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para enfrentar os problemas encontrados nos presídios do país. A questão foi decidida em sessão virtual do plenário, que foi encerrada no último dia 19.

O plano foi protocolado em setembro deste ano no âmbito da ação na qual o Supremo determinou a elaboração de um plano nacional de enfrentamento aos problemas dos presídios brasileiros, como superlotação de detentos e disputas entre facções.

A determinação ocorreu em outubro de 2023, quando o STF estabeleceu o estado de coisas inconstitucional nas prisões do Brasil.

Com a decisão, a União e os estados foram obrigados a elaborar um plano para enfrentar os problemas do sistema penitenciário.

O Plano Pena Justa é composto por quatro eixos que tratam do controle de entrada e das vagas no sistema prisional; qualidade dos serviços prestados e da estrutura, reintegração social e política para não repetição do estado de inconstitucionalidade apontado pelo STF.

O plano também apresenta indicadores e metas para os anos de 2025, 2026 e 2027.

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