Goiânia: campanha combate assédio sexual no transporte coletivo

Nesta quarta-feira, 05, a Prefeitura de Goiânia divulgou o balanço da campanha “Meu Corpo Não é Corrimão”, realizada pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM). Aproximadamente 60 mil pessoas foram alcançadas em dois meses da ação. 

A campanha foi lançada no dia 8 de março, para marcar o Dia Internacional da Mulher, e objetivou combater, alertar e conscientizar a população sobre o assédio sexual que as mulheres sofrem nos ônibus do sistema de transporte público coletivo. 

A ação segue de forma contínua com ações afirmativas, educativas e preventivas. A próxima fase será a capacitação dos motoristas do transporte coletivo para que saibam como agir em caso de importunação sexual dentro dos ônibus. 

De acordo com a secretária da Mulher, Tatiana Lemos, esses profissionais desempenharão um papel importante no combate à violência sexual contra as mulheres. “Eles serão capacitados para saberem como lidar nessas situações. Será uma soma de esforços no combate ao abuso sexual no transporte coletivo”, afirmou. 

A ação conta com a parceria da RedeMob e da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC). Já foram ocupados espaço em mil ônibus do transporte coletivo para a colagem de cartazes, além de divulgação em todas as TVs existentes nas plataformas. 

Os cartazes recomendam que as vítimas denunciem importunações sexuais dentro dos ônibus através do telefone 190 da Polícia Militar, pelo 153 do programa Mulher Mais Segura da GCM ou em uma das delegacias da Mulher existentes na capital. A SMPM está com o canal aberto para as denúncias.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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