Goiânia concentra maior parte de denúncias de violência obstétrica de Goiás

violência

Um levantamento prévio aponta que Goiânia concentra a maior parte de casos de violência doméstica apurados pela Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO). Foram identificadas 12 denúncias nas rede pública de saúde nos últimos dois meses. O crime, que compreende abusos físicos e/ou sofridos por mulheres na hora do parto cometidos por profissionais de saúde ou decorrentes de problemas infraestruturais, ocorre majoritariamente com brasileiras negras e pobres, de acordo com especialistas ouvidos pela Comissão Especial sobre Violência Obstétrica e Morte Materna.

 

No ano passado, uma série de reclamações ganhou repercussão na capital. Entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022 foram três casos somente na maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia. Uma das ocorrências mais emblemáticas foi a de  uma criança que teve a clavícula quebrada logo após o nascimento. O pai do recém-nascido registrou queixa na Polícia Civil, que investigou a reclamação. Assim como nesse caso, a apuração da DPE-GO considerará dados enviados por secretarias de saúde, delegacias de polícia, órgãos de fiscalização dos profissionais de saúde e do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).

 

A presidente da Comissão na Câmara Federal, deputada Soraya Santos (PL-RJ), defende que as mulheres precisam de informação. “O primeiro ponto de violência é justamente a mulher desconhecer todos esses problemas. É ela não ter durante todo o protocolo de atendimento alguém para dizer se é melhor o parto ou a cesárea, quais são os riscos de um e de outro”, destaca. Por desconhecimento, muitas não sabem que a negação, discriminação, violência de gênero e negligência são consideradas tipos de violência obstétrica.

 

Caso a mulher sofra violência obstétrica, ela pode denunciar nas secretarias Municipal, Estadual ou Distrital, Conselho Regional de Medicina (CRM) quando se tratar de profissional médico ou Conselho Regional de Enfermagem (Coren) quando a abordagem violenta venha de enfermeiro ou técnico de enfermagem. Denúncias também podem ser feitas pelo número 180 ou pelo Disque Saúde 136.

 

 

 

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Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

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