Goiânia confirmou nesta quarta-feira, 13, dois casos de Monkeypox, conhecida popularmente com a “Varíola dos Macacos”. Os pacientes são dois homens de 26 e 41 anos, sendo que um deles tem histórico de viagem para São Paulo, onde há circulação comunitária do vírus.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os dois realizaram os exames no último dia 5. O material coletado foi encaminhado para o Laboratório Estadual de Saúde Pública (Lacen-GO).
Os dois pacientes já tinham recebido atendimento em um hospital particular, onde foram orientados a manter isolamento domiciliar. Em seguida, passaram a ser monitorados pela SMS. Ambos estão com boa evolução do quadro.
Com os novos casos confirmados, Goiás já registra quatro infecções pela doença. As primeiras contaminações foram registradas em Aparecida de Goiânia e, se tratam de dois homens de 33 e 34 anos que estão sendo monitorados por equipes de vigilância em saúde da cidade. De acordo com a pasta, ambos têm histórico de viagem a São Paulo. Os dois estão em isolamento domiciliar, com boa evolução do quadro.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), outros quatro pacientes, possivelmente infectados, aguardam os resultados dos exames laboratoriais para confirmação.
Transmissão da Varíola dos Macacos
Entre humanos, a transmissão da varíola dos macacos ocorre por contato com fluidos corporais, lesões na pele ou em mucosas, como boca ou garganta, gotículas respiratórias durante contato pessoal prolongado e por meio de objetos contaminados.
Análise dos casos
De acordo com a SES, os critérios para definição de caso suspeito da varíola dos macacos (Monkeypox) são que o indivíduo, de qualquer idade, apresenta início súbito de erupção cutânea aguda, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia ou relato de febre.
Também são avaliados os seguintes critérios:
● Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas;
● Ter vínculo com casos confirmados da doença, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas;
● Histórico de contato íntimo com desconhecido/a (s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.
A varíola dos macacos é geralmente uma doença autolimitada com sintomas que duram de duas a quatro semanas, denotada pelo surgimento de lesões na pele. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem. O período de incubação é de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Por ser transmissível, a doença exige cuidados para a identificação dos pacientes, o isolamento, a notificação dos casos, a realização de testes laboratoriais e o monitoramento dos contatos. O tratamento é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas.
Casos Graves
Os casos graves ocorrem mais comumente entre crianças e estão relacionados à extensão da exposição ao vírus, estado de saúde do paciente e natureza das complicações. As deficiências imunológicas subjacentes podem levar a resultados piores.
As complicações podem incluir infecções secundárias, broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea com consequente perda de visão. Historicamente, a taxa de letalidade variou entre 0 e 11% na população em geral e tem sido maior entre crianças. Nos últimos tempos, a taxa de mortalidade foi de cerca de 3%.
Exame
Diante disso, é feita a coleta de amostras do paciente. As mesmas são encaminhadas para o Laboratório Estadual Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). Algumas amostras para diagnóstico diferencial são analisadas no próprio Lacen e outras, encaminhadas pelo Lacen ao laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro.