Goiânia destina mais de R$ 171 milhões para investimentos em cinco meses

Entre 2014 e 2024, foram três prefeitos diferentes, uma pandemia e uma diferença de mais de 1.000% em investimentos. Em 2024, entre janeiro e maio, a Prefeitura de Goiânia já investiu mais de R$ 171 milhões. Há dez anos, em 2014, e no mesmo período, o investimento ficava na casa dos R$ 14 milhões. O ano de 2024, inclusive, apresenta no acumulado o maior investimento dos últimos dez anos, sendo mais de 84% desse recurso – R$ 145,2 milhões – fruto do Tesouro Municipal.

Só na atual gestão, a crescente é visível. Entre janeiro e maio de 2024, a Prefeitura de Goiânia investiu 160,8% a mais em infraestrutura que no mesmo período do ano anterior. Se comparado a 2022, a diferença é ainda maior: 275%; já em relação a 2021, o crescimento foi de 54%.

“Os números não mentem. Mais do que isso, eles reforçam ainda mais o nosso compromisso com a cidade e com todos os goianienses”, ressalta o prefeito Rogério.

O prefeito destaca que, mesmo em um cenário pós-pandêmico, o município conseguiu fazer a tarefa de casa e se reerguer, levando melhorias aos quatro cantos de Goiânia. “Foi desafiador, sim. Em 2021, tivemos que organizar a casa, lidar com a herança deixada pela pandemia da Covid-19, mas já em 2022 começamos as entregas à população; em 2023, as licitações saíram do papel e, em 2024, elas já estão sendo executadas. Qualquer pessoa que percorrer Goiânia vai ver o trabalho da Prefeitura”, defende.

Entre os investimentos, estão ações na educação, como a implantação de novos Cmeis e quadras; na saúde, com a implantação de novas UBSs, bem como manutenção das já existentes; e na Mobilidade, Infraestrutura e modernização da gestão, com obras de asfalto e drenagem, reparos estruturais em pontes, bem como a estruturação do Complexo Viário da Avenida Leste Oeste com a Castelo Branco, a construção da Casa da Mulher Brasileira, a continuação do corredor do BRT Norte e Sul, entre outros. “O foco sempre foi investir todos os recursos possíveis em melhoria para nossa cidade”, complementa o prefeito Rogério.

Empréstimo

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em março deste ano, o Projeto de Lei que autoriza a Prefeitura a contratar um empréstimo no valor de R$ 710 milhões com o Banco do Brasil ou com a Caixa Econômica Federal, com garantia da União. Por ser considerado despesa de capital, esse valor será destinado obrigatoriamente a investimentos, pois possui vinculação direta, não podendo ser destinados para outros, como despesa de pessoal, por exemplo. “Precisamos entender que a busca por esse tipo de recurso é algo natural de uma administração pública, que visa atender às demandas da sociedade, proporcionando investimentos e melhorias nas mais diversas áreas”, explica o secretário municipal de Finanças, Vinicius Henrique Alves.

Para o titular da pasta, o recurso é fundamental para o avanço das obras em andamento e para o início de novas planejadas. “É a fonte de recurso principal para a realização desses investimentos nas áreas da educação, saúde, mobilidade, modernização de gestão e infraestrutura no município, uma vez que os recursos próprios e livres de vinculação estão voltados ao custeio”, complementa.

Fases do empréstimo

1ª Etapa – Análise na Secretaria do Tesouro Nacional (STN)

O processo voltou para o município inserir a Nova Certidão do Tribunal de Contas do Município (TCM) atualizada com o 2º bimestre e o 1º quadrimestre de 2024. O processo está no Sistema de Análise da Dívida Pública (Sadipem) da STN.

2ª Etapa – Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN)

Com a aprovação do STN, o processo segue para a PGFN para a aprovação da garantia da União e segue para o Senado autorizar o aval.

3º Etapa – Confecção do contrato

Com aprovação da PGFN, segue para o banco confeccionar o contrato, bem como a União confeccionar o contrato de garantia e contragarantia.

4ª Etapa – Município

Assinatura do contrato pelas partes.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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