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Goiânia e Aparecida de Goiânia têm aumento inesperado nos preço dos combustíveis

Última atualização 13/09/2022 | 14:46

Os motoristas notaram aumentos nos preços dos combustíveis nos postos de Goiânia nesta terça-feira, 13. O reajuste para cima surpreende após sucessivas quedas do litro nas bombas. De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto) de Goiás, Márcio Andrade, a alteração não está relacionada à greve dos frentistas iniciada nesta segunda-feira, 12.

“Alguns postos realmente aumentaram os preços dos combustíveis. Aqueles que baixaram muito os preços, inclusive reduzindo sua margem de lucro, estão tentando recompor a margem, encerrando promoções”, explica.

A safra da cana-de açúcar representa mais oferta da matéria-prima e, teoricamente, não deveria interferir muito ou quase nada no preço cobrado ao consumidor. No entanto, Márcio pontua que o fato de Goiás estar nesse período ajudou a manter o etanol competitivo quando comparado a gasolina, ficando entre os mais baratos do País. A avaliação dele é que, considerando a cotação do dólar hoje, não deve haver nova queda da gasolina nesta semana.

No aplicativo Economia Online, o EON, da Secretaria Estadual de Economia, a gasolina mais barata foi encontrada por R$ 4,44 em Aparecida de Goiânia (há uma semana era R$3,99) e por R$ 4,39 em Goiânia no início da tarde desta terça-feira, 13. O menor preço do etanol em Goiânia é R$2,83 e na vizinha Aparecida R$ 2,89, valores acima do comercializado na semana passada – custava R$  2,79 em ambos os municípios.

Uma pesquisa divulgada na semana passada mostrou que o estado registrou a menor média de preço de gasolina no Brasil e a região Centro-Oeste teve o litro de etanol vendido mais barato do País em agosto, segundo levantamento com o  Índice de Preços Ticket Log (IPTL). Na semana passada, a Petrobras anunciou a quarta redução seguida do preço do litro vendido para as distribuidoras.

Braços Cruzados

A paralisação dos frentistas por acréscimo de quase 22% nos salários não interferiu nas bombas, pelo menos por enquanto. O representante do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços e Derivados de Petróleo em Goiás (Sinpospetro-GO), Carlos Pereira, afirmou ao Diário do Estado que ainda não houve tratativas ou proposta por parte do sindicato patronal, o Sindiposto.

Ele destaca que ainda desta semana será pedido o dissídio trabalhista ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O recurso é utilizado para solucionar conflitos entre as partes coletivas trabalhistas porque o juiz fixa uma porcentagem de reajuste. “Aí depende da resposta do tribunal. Acreditamos que com este movimento e demonstrando a dificuldade que os frentistas estão enfrentando, seremos reconhecidos e o dissídio será autorizado pelo TRT”, destaca.

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