Goiânia e Aparecida de Goiânia vacinam cães e gatos contra a raiva neste sábado, 3

Os moradores de Goiânia poderão, a partir deste sábado, 3, vacinar os seus pets contra a raiva. A imunização de cães e gatos, realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Diretoria de Vigilância em Zoonoses, será dividida nos sete Distritos Sanitários. A população terá quatro sábados consecutivos para vacinar os animais, entre 8h e 17h. A campanha seguirá até o dia 24 de setembro.

O último caso de raiva canina foi registrado na capital em 2000, e de raiva humana, em 1999. Em 2022, ocorreram dois casos de raiva em gatos, causados pela variante de raiva em morcego. Um caso foi na chácara Recreio Samambaia, Região Norte, e o outro no Setor Novo Planalto, Região Noroeste. No Novo Planalto, também foi registrado um caso de raiva em morcego.

Vacinação em Aparecida

A vizinha, Aparecida de Goiânia, também irá vacinar os animais dos moradores da cidade, neste sábado, 3. Para ampliar a cobertura vacinal de cães e gatos e facilitar o acesso da população aos serviços, a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) realizará a imunização durante cinco sábados consecutivos. 

No total, a mobilização abrange mais de 50 postos espalhados pela cidade, com funcionamento das 8h às 17h. Neste sábado, por exemplo, as ações serão nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) Madre Germana, Jardim dos Ipês, Delfiori, Anhambi, Alto Paraíso, Boa Esperança, Tiradentes e Jardim Florença, bem como na Escola Municipal São Francisco de Assis e no Colégio Estadual Dom Bosco.

Formas de transmissão da raiva

Segundo o diretor de Vigilância e Zoonoses de Goiânia, Murilo Reis, a raiva pode ser transmitida por mordidas, arranhões ou lambidas, tanto de animais domésticos infectados, como de animais silvestres. Morcegos, cavalos e vacas também podem ser fontes de transmissão, conforme Murilo.

“Tanto em animais, quanto em humanos, a doença é caracterizada por sintomas neurológicos, com multiplicação do vírus no local da lesão e, posteriormente, migrando para o sistema nervoso e outros órgãos, principalmente para as glândulas salivares. No caso de uma possível infecção, a pessoa deve lavar o local com bastante água e sabão para, em seguida, procurar uma unidade de saúde para o primeiro atendimento”, explicou.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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