O preço do metro quadrado dos imóveis em Goiânia, permanece pelo segundo ano consecutivo, o menor entre as 12 capitais brasileiras pesquisadas pelo índice FipeZap. Segundo o indicador, a média do metro quadrado na capital goiana é de 4.137 reais, ficando atrás apenas da cidade de Contagem com 3.521 reais. Em 10 anos, está foi a primeira vez que os preços fecharam em nível menor do que em 2016. Considerando a inflação esperada (IPCA/IBGE) de 2,78% para o ano de 2017, o índice aponta queda real de 3,23% no preço de venda de imóveis residenciais no ano passado.
O valor médio de venda dos imóveis residenciais nas 20 cidades monitoradas pelo FipeZap encerrou o ano valendo 7.631 reais por metro quadrado. O Rio de Janeiro se manteve como a cidade com o metro quadrado mais caro do país 9.811 reais, seguida por São Paulo 8.745 reais e Distrito Federal 8.238 reais. Além de Contagem e Goiânia com os menores preços Vila Velha também aparece com 4.638 reais por metro quadrado.
Segundo o presidente da Comissão de Direito Imobiliário da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO), Diego Martins, apesar da queda no preço dos imóveis registrada em 2017, o valor pode subir em 2018 devido às perspectivas econômicas. Para ele, os reflexos podem ser sentidos não somente na comercialização de unidades, mas no aluguel. “Primeiro há um reflexo no preço do imóvel, para vendas e compras, e depois este reflexo chega ao aluguel. Como a gente ainda está vivendo um momento de queda, e o mercado está reagindo, a tendência é que 2018 seja um ano de aumento”, ressalta.
De acordo com o diretor de vendas online da URBSRT imobiliária, Thiago Cardoso, os terrenos nas áreas nobres de Goiânia estão ficando escassos e o metro quadrado hoje cobrado ainda é muito baixo quando comparado com o restante do país. Para Thiago é preciso trabalhar a valorização como ponto chave nos empreendimentos já que nos próximos anos a tendência é que esse preço aumente. “Goiânia é uma cidade jovem que vem crescendo e apresenta boa infraestrutura. Os acabamentos das construções são superiores aos de outros estados. Eu acredito que 2018 seja um ano que vai possibilitar uma alavancada no mercado imobiliário, pois a tendência é de que o mercado evolua”, destaca.