Goiânia está entre os 15 maiores PIB dos municípios brasileiros

Capital é a que que tem a maior economia do estado

O Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão de Planejamento (IMB/Segplan) divulgou ontem o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios goianos. O estudo mostra que a economia do interior goiano agregou mais valor à produção, entre 2014 e 2015, e abocanhou uma parcela maior (73,1%) na participação do PIB do Estado.

Entre os dez municípios mais ricos do Estado são Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Catalão, Itumbiara, Jataí, Luziânia, São Simão e Senador Canedo. Todos perderam uma pequena porcentagem na formação do PIB total do Estado. A diferença com outros anos foi a entrada de São Simão e a saída de Caldas Novas desse  grupo. “ Em 2014, esses mesmos municípios eram responsáveis por 59,90% do PIB goiano. Em 2015, essa fatia caiu para 58,80%, representando R$ 102,170 bilhões”, informou a Segplan.

Os dez menores municípios goianos em relação do PIB de 2015 foram Anhanguera, Jesúpolis, Cachoeira de Goiás, Palmelo, Damianópolis, Teresina de Goiás, Guaraíta, Adelândia, Morro Agudo de Goiás e São Patrício.

Ainda de acordo com a Segplan, os maiores ganhos de participação do PIB vieram dos municípios de São Simão, Minaçu, Rio Verde, Trindade e Cachoeira Dourada. A perda de Goiânia em 2015, na comparação com 2014, foi devido à redução do valor adicionado da indústria de transformação, na atividade de construção civil.

Em 2015,  41,5% dos municípios goianos possuíam atividade de serviços como a mais representativa na economia local. O estudo mostra que a indústria vem perdendo participação econômica, de forma que apenas 8,5% dos municípios goianos a apresentaram como principal atividade produtiva. Nessa atividade, destaca-se o município de São Simão, em que a Indústria representou 89,6% de sua economia, puxada pela geração de energia elétrica.

No ranking dos 100 maiores municípios em PIB do Brasil aparecem duas cidades: Goiânia, na 15ª posição – ganhou uma posição em relação a 2014 – e Anápolis na 65ª. A liderança continua com São Paulo, seguido do Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Manaus, Osasco (SP), Salvador e Fortaleza. Vale ressaltar que entre os municípios das capitais brasileiras, Goiânia ocupa a 11ª posição, mesma do ano anterior.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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