Goiânia identifica aumento de descarte irregular de lixo e reforça monitoramento em 155 pontos críticos

A Prefeitura de Goiânia mapeou 155 pontos de descarte clandestino na capital, observando um aumento de 30 locais nos últimos seis meses. O despejo irregular de resíduos como entulhos, móveis, animais mortos, galhos de árvores e lixo doméstico é monitorado pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e pelo Consórcio Limpa Gyn.

A prática irregular tem causado transtornos e impactos negativos ao ambiente urbano. Dados da Comurg apontam que apenas no mês de abril foram 115.278 toneladas de entulhos despejados pela população nesses pontos. Os acúmulos de resíduos estão localizados em mais de 80 bairros de regiões diferentes da capital. A partir do mapeamento, é feita a limpeza com frequência semanal, quinzenal ou mensal. Porém, os locais muitas vezes são rapidamente sujos novamente.

“É visível o impacto desse comportamento inadequado em diversos bairros da cidade, com entulhos sendo deixados nas ruas, calçadas, praças e lotes baldios”, afirma o presidente da Comurg, Rodolpho Bueno. Ele pede à população consciência e adoção de práticas responsáveis de descarte, visando à preservação do ambiente urbano e o bem-estar coletivo.

O presidente cita serviços gratuitos que a população tem a sua disposição, entre eles, o Cata-Treco, que coleta em casa os móveis e eletrodomésticos inservíveis, a Logística Reversa, que recebe eletrônicos, pilhas e lâmpadas no Setor Serrinha, sem burocracia e com uma excelente localização, além de cinco ecopontos preparados para receber inservíveis, entulhos de pequenas reformas e pneus.

Diante desse cenário, a Prefeitura de Goiânia reforça seu compromisso em garantir a limpeza e a ordem da cidade, mas ressalta a importância da colaboração de todos os cidadãos para manter a cidade limpa e preservada. “A conscientização e a adoção de boas práticas são fundamentais para promover um ambiente urbano mais sustentável e agradável para todos”, finaliza Bueno.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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