Goiânia: Lei autoriza maconha para uso medicinal

Uma nova lei municipal de Goiânia estabeleceu que os pacientes têm o direito de receber, gratuitamente do Poder Judiciário, medicamentos nacionais ou importados produzidos à base de maconha. No Brasil, o cultivo doméstico da planta para uso medicinal segue sem resolução e, devido a isso, é considerado crime.

Na capital, a Lei 10.611 foi promulgada, na quinta-feira, 29, pelo presidente da Câmara de Vereadores, Romário Policarpo (Patriota), depois de o Legislativo derrubar o veto do Executivo, em votação no dia 7 de abril. Ela determina a política pública e a distribuição de maconha medicinal na capital.

O relatório foi produzido, em 2020, pela então vereadora Dra. Cristina, e teve 22 votos favoráveis. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ela expôs parecer pela retirada do veto.

A nova legislação, de autoria do vereador Lucas Kitão (PSL),estabelece a  distribuição gratuita de medicamentos prescritos à base da planta inteira ou isolada, que tenha em sua fórmula as substâncias canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC).

De acordo com a lei, a distribuição deverá ser feita nas unidades de saúde pública municipal, privada e conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do município de Goiânia. Para receber o medicamento será necessário apresentar a prescrição feita por profissional médico legalmente habilitado.

Na receita, é preciso constar o nome do paciente e do medicamento, a posologia, a quantidade, o tempo de tratamento, data, assinatura e número do registro do profissional no Conselho Regional de Medicina (CRM).

O paciente ainda é obrigado a apresentar laudo médico, com descrição do caso, o número da Classificação Internacional de Doenças (CID) e problemas relacionados à sua saúde.

Os documentos irão embasar a justificativa para a utilização do medicamento indicado e a viabilidade em relação às alternativas terapêuticas disponibilizadas pelo SUS e aos tratamentos anteriores.

O laudo ainda poderá ser substituído por autorização administrativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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