Goiânia lidera em valorização de imóveis entre as capitais do país

Casas e apartamentos em Goiânia foram os mais valorizados entre as capitais brasileiras neste ano. Os dados apontados pelo Índice FipeZap apontam que os imóveis tiveram 8,56% de reajuste no preço, superando a inflação de 4,18%no período apurado de janeiro a abril.

A estatística é animadora para investidores, mas fica ainda melhor comparando com os registros dos últimos 12 meses. Nessa perspectiva, a variação na valorização dos imóveis foi de 20,91%, a maior desde 2014. 

De acordo com o especialista na área e sócio-proprietário do Grupo URBS, Ricardo Teixeira, o bônus demográfico (a população economicamente ativa maior que idosos e crianças) e o déficit imobiliário quantitativo e qualitativo no Brasil explicam o cenário do mercado imobiliário nacional aquecido. Somente na capital goiana, o número de lançamentos imobiliários está em ascensão. 

“Além de termos milhares de pessoas que ainda não têm casa própria, temos aquelas que já têm o imóvel, mas querem ou precisam melhorar suas condições de habitação em razão de mudanças em sua vida. No mundo, as famílias mudam de casa cerca de oito vezes na vida, enquanto no Brasil, não chegamos a duas. Outro fator fundamental na capital goiana é o baixo preço do metro quadrado”, afirma. Em Goiânia, esse valor, no último mês de abril, era de R$ 5.550, o quarto mais barato entre as capitais analisadas, pelo levantamento da Fipezap.

Mas, o que faz um imóvel se valorizar? Não há uma razão específica, no entanto, fatores como reformas no imóvel, alterações no entorno, aumento do número de habitantes, melhores taxas de juros para interessados em financiar, boas ofertas e demandas de espaços na região e melhorias de infraestrutura no entorno.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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