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Goiânia: PM é indiciado por agredir e ameaçar estudante por ele ser gay

Um policial militar foi indiciado por agredir um estudante de medicina em uma mercearia por ele ser gay, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, o PM Alessandro de Oliveira Lopes irá responder pelos crimes de injúria, ameaça, lesão corporal e racismo – por ser homossexual.

O caso aconteceu na noite de 9 de agosto desde ano. Câmeras do estabelecimento filmaram o momento em que o PM chama o estudante Lucas Leite, de 23 anos, de ”viadão”, dá um tapa em seu rosto e, em seguida, saca uma arma de fogo e aponta para o jovem.

“Eu achei que ia morrer. Pedi a Deus que me desse força naquele momento. Ainda não sei como saí vivo daquela situação”, afirmou o jovem na época para o G1.

Á época, a PM informou que o policial estava de folga quando o fato ocorreu e que ele seria afastado de suas funções operacionais. Ainda conforme a corporação, um procedimento administrativo foi aberto para apurar o caso.

O Crime

Em outro vídeo, dá para ver o jovem conversas com o PM. Segundos depois, Lucas aparenta estar exaltado e o policial militar, que estava sentando, se levanta e vai em direção ao jovem.

Em seguida, o militar agride o jovem com um tapa no rosto e, com uma arma na mão, vai para cima do estudante. O dono do estabelecimento ainda tenta intervir e retirar o policial de perto do jovem.

Veja o momento:

A Polícia Civil concluiu que o jovem não conseguiu comprar um refrigerante no estabelecimento e ficou irritado, causando uma confusão.

Investigação

Após a confusão, um boletim de ocorrência foi aberto pelo jovem na Central de Flagrantes de Goiânia. De acordo com o G1, no documento, Lucas afirma que a discussão começou após o militar questionar o motivo do estudante estar olhando para ele e que, além das agressão, disse que o mataria.

“Quando eu passei perto dele, ele começou a debochar e rir, olhando para mim, como se tivesse algum problema comigo. Eu não arrumei confusão, não fui para cima dele, não fiz nada que justificasse tal atitude”, afirmou.

A investigação é feita pelo Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância da Polícia Civil (Geacri). O policial responde ao processo em liberdade.