Goiânia pode ter quatro vereadores a mais a partir de 2025

A Câmara de Goiânia pode ter 39 vereadores a partir das próximas eleições. Os atuais representantes da Casa aprovaram nesta quarta-feira, 7, o aumento de cadeiras. A justificativa é que a Constituição Federal permite a mudança, conforme o aumento de habitantes. Para ser autorizada, a proposta deve ser avaliada em segunda votação nos próximos dez dias.

Com 1,5 milhão de pessoas, Goiânia os atuais 35 vereadores já não comportam a demanda representativa. A alteração impactará os cofres públicos porque o salário deles deverá ser pago com o montante definido dentro do Orçamento Geral do Município, mas dentro dos limites pré-definidos.

Os quatro representantes a mais estão dentro do limite previsto em lei com o total 1,8 milhão de moradores da capital. Na faixa de 1,8 milhão a 2,4 milhões, a quantidade de vereadores saltaria para 41. O maior número de vagas é de 55 para os municípios com 8 milhões de pessoas.

Em outubro do ano passado, o vereador Clécio Alves chegou a propor o aumento de cadeiras. À época, a ideia veio junto com a proposta de reajuste salarial. Os atuais R$ 15.634,64 passariam para quase R$ 19 mil mensais

Os vereadores podem receber quase R$ 19 mil mensais, a partir do próximo ano. O aumento reclamado por eles mesmo está previsto na Constituição Federal (CF), que autoriza o reajuste e o alinha a 75% do salário dos deputados estaduais. Atualmente, o percentual é de 61,74%. No Portal da Transparência consta a informação de que os deputados estaduais de Goiás recebem R$ 25.322,25.

De acordo com Clécio Alves em entrevista, especificamente sobre a alteração do número de vereadores, a emenda é uma propositura da Casa. Ele afirma que, apesar, de ter colhido assinaturas no dia, não chegou a assinar o documento. O emedebista esclareceu ainda se tratar de um procedimento comum porque há algum tempo o quantitativo de cadeiras poderia ser alterado.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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