A circulação de diversos vírus e mudanças no tempo estão aumentando a procura por remédios contra infecções respiratórias em Goiânia. Apesar do aumento da demanda, a oferta de alguns medicamentos não estão suprindo a procura nos balcões. O problema vem ocorrendo há algum tempo como consequência da pandemia, que obrigou o fechamento da indústria farmacêutica em diversas “ondas” de covid.

Na capital, antibióticos, antialérgicos e uma medicação voltada para o tratamento de faringites. A conselheira do Conselho Regional de Farmácia em Goiás (CRF-GO), Sandra Costa, explica que a maioria dos insumos para a produção dos compostos vem da Índia e China, que estavam até recentemente em lockdown. Segundo ela, a lista dos mais procurados tem Zinnat, amoxicilina+clavulanato de potássio, allegra e hexomedine. 

“Não posso afirmar com 100% de certeza, mas acho que é reflexo da pandemia. Não tenho dados, porém nesta época do ano normalmente há um aumento de infecções respiratórias, em decorrência da mudança do clima, e causa aumento do consumo desses medicamentos. Tivemos procura considerável nas farmácias”, afirma.

A queda de temperatura em novembro na capital pode ajudar a explicar o cenário atual. O tempo mais frio deixa o ar mais seco e favorece  a circulação de vírus e bactérias, o que deixa as pessoas mais aglomeradas em lugares fechados instintivamente. Os idosos e as crianças costuma ser os mais afetados pelas infecções respiratórias porque têm sistemas respiratório e imunológico mais sensíveis.

Em junho, o Diário do Estado chegou a noticiar que as drogarias estavam com estoques totalmente zerados ou quase vazios de uma série de remédios, incluindo alguns para o tratamento de pneumonia causada pela Covid. 

À época, o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás (Sinfar-GO), Fábio Basílio, afirmou que oito itens não estavam sendo encontrados, como anti-inflamatório, bactericida e relaxante muscular para recuperação de pacientes que receberam anestesia. Entre eles, dipirona e amoxicilina.