Goiânia registra o menor índice de inflação entre capitais do País em setembro

Goiânia registra o menor índice de inflação entre capitais do País em setembro

Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou queda da inflação pelo terceiro mês consecutivo em Goiânia. Embora em setembro ela tenha sido a menor do Brasil, a capital goiana conquistou, no somatório do período, a vice-liderança na redução do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA-15), ficando atrás apenas de Recife, em Pernambuco.

O percentual poderia ter sido melhor se não tivessem ocorrido altas na energia elétrica residencial (0,68%). Segundo o IBGE, combustíveis (-10,19%), comunicação (-3,71%) e alimentação no domicílio (-1,20%), puxaram a queda na capital goiana. O segmento transportes apresentou queda de -3,02%, puxada prioritariamente pelo preço da gasolina (-10,11%) e do etanol (-12,14%).

Na avaliação do secretário-geral de governo em Goiás, Adriano da Rocha Lima, a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no estado sobre a gasolina e, consequentemente, para o etanol, ajudaram a impactar o índice de inflação, especialmente o segmento de transportes. O reflexo se estendeu aos preços dos alimentos porque os setores são diretamente atrelados. 

“Lembrando que fomos o primeiro estado a realizar tal medida depois da decisão tomada pela Câmara dos Deputados”, destaca o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

As alíquotas do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo foram reajustadas para baixo em junho deste ano pelo governador Ronaldo Caiado. A medida é uma adequação à lei federal de teto para esse imposto. 

No caso de serviços essenciais, o limite é de 17%. O tributo chegava a 30%, 25% e 16%, respectivamente para gasolina, ao etanol e ao óleo diesel, e de 29% e 25% para os serviços de telecomunicação e da energia elétrica.

Em Goiânia, a inflação de alimentos e bebidas apresentou queda de -0,62%, contra -0,47% do índice nacional. Contribuíram para essa redução o feijão carioca (-8,23%), tubérculos, raízes e legumes (-5,02%), leites e derivados (-4,09%) e óleos e gorduras (-4,83%).

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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