Goiânia: Suspeito de roubar vacinas é denunciado por furto qualificado

O Ministério Público de Goiás (MP-GO), ofereceu denúncia nesta sexta-feira, 30, contra o  técnico em refrigeração Marcos Antônio Costa de Oliveira, preso por ter furtado 24 frascos da Vacina CoronaVac da Central Estadual de Rede de Frio (Cerf), no dia 17 de março, em Goiânia. Ele, que foi preso em Senador Canedo, responderá por furto qualificado.

O MP-GO pede que ele seja indiciado por crime de furto qualificado praticado em continuidade. A Justiça ainda se manifestou pela manutenção da prisão cautelar do denunciado, devido a da conduta e para garantia da ordem pública, ponderando ser “incabível a concessão de medidas cautelares diversas da prisão”.

O caso

Em 17 de março de 2020, o acusado, como técnico em refrigeração da empresa Realmak, que prestava serviço de manutenção das câmaras frias da Cerf, teria subtraído alguns frascos da Coronavac após perceber que tinham vacinas na câmara fria em que estava dando manutenção. O denunciado, ainda teria enganado um funcionário que estava na central, dizendo que precisava fazer uma foto da porta da câmara concertada para apresentar à empresa. No momento em que ficou sozinho, subtraiu quatro frascos do Lote 210050, com dez doses cada, deixando o local com as vacinas.

De acordo com a denúncia, no dia 20 de março,  foi notado o desaparecimento dos quatros frascos, depois da realização de um inventário por um servidor. O caso foi informado à superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Flúvia Amorim, que formalizou um procedimento, relatando o acontecimento.

No dia 7 de abril, aconteceu um novo furto, onde o técnico em refrigeração conseguiu ter acesso à área de armazenagem das vacinas. Desta vez, ele teria subtraído uma caixa, contendo 20 frascos da Coronavac, com 200 doses.

A denúncia informa que os frascos furtados da vacina foram armazenados em uma residência do Jardim das Oliveiras, em Senador Canedo, em um compartimento abaixo do congelador. Para tentar comercializar o produto, ter acesso à área de armazenagem das vacinas. Cada frasco seria vendido por R$ 500,00.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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