Goiânia tem maior programa de reconstrução asfáltica do Brasil

Considerado o maior programa de reconstrução asfáltica urbana do país, o Projeto 630, da prefeitura de Goiânia, está com quase 45% dos trabalhos executados, o que corresponde a 3.343.258,86 m². A previsão de conclusão das obras é em novembro de 2021, totalizando 7.436.519,17 m², cerca de 630 km de asfalto novo em 111 setores de diversas regiões da capital.

Por determinação do prefeito Rogério Cruz, o programa iniciado em 2020 já concluiu os trabalhos nos setores: Capuava, Jardim América, Bairro Feliz e Leste Universitário. Os trabalhos estão em andamento nos setores Bueno, Oeste, Marista, Jardim Goiás, Sul, Santa Genoveva, Bairro Goiá, Parque Industrial João Bráz, Finsocial e Bairro dos Aeroviários.

Em detalhes, o programa integra na Região Sul de Goiânia, 223 ruas de 11 bairros; nas regiões Norte e Leste, 160 ruas e 33 bairros; regiões Oeste, Sudoeste e Noroeste com 157 ruas e 46 bairros; e na Região Central são 122 ruas e 21 bairros, totalizando 662 ruas de 111 bairros atendidos.

O programa foi criado porque o tapa-buraco já não adiantava mais em determinados pontos da cidade. Desde então, a obra está sendo executada praticamente 24 horas por dia, com capa asfáltica que varia entre 3 e 5 cm”, diz o titular da Seinfra, Fausto Sarmento, ao destacar que também estão sendo entregues novas vias.

Os recursos para a finalização das obras estão garantidos. A Caixa Econômica Federal, por meio do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), é responsável pelo empréstimo de R$ 780 milhões para financiar obras de infraestrutura no município. Com uma gestão transparente, os contratos para a execução dos trabalhos são supervisionados por órgãos de controle da Prefeitura de Goiânia, além da própria Seinfra.

Após a conclusão desta etapa, a Prefeitura de Goiânia planeja um programa ainda mais abrangente, em ruas e bairros que não foram contemplados nesta primeira fase. O projeto, em fase de elaboração, deverá alcançar cerca de 800 km. “Precisamos pensar e trabalhar pela Goiânia do futuro. Até o fim do mandato, vamos presentear a cidade com essa importante obra”, finaliza Sarmento.

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Cobertura de nuvens da Terra diminui, intensificando o aquecimento global

Pesquisas da NASA revelam que a Terra vem recebendo mais energia solar do que é capaz de refletir de volta ao espaço, desequilíbrio que agrava o aquecimento global. Embora o fenômeno tenha sido associado principalmente às emissões de gases de efeito estufa, à redução do gelo polar e à diminuição de partículas na atmosfera que refletem a luz solar, cientistas acreditam que esses fatores não explicam completamente o problema.

Recentemente, o climatologista George Tselioudis, do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, identificou um fator adicional: a redução da cobertura de nuvens reflexivas ao redor do mundo. Nos últimos 10 anos, essas nuvens diminuíram de maneira perceptível, ainda que em um grau relativamente pequeno, permitindo a entrada de mais luz solar e intensificando o aquecimento global. Em entrevista à revista Science, Tselioudis destacou: “Estou confiante de que esta é a peça que faltava.”

A equipe analisou duas regiões principais de formação de nuvens na atmosfera terrestre: o cinturão equatorial, onde os ventos alísios convergem, e as latitudes médias, onde correntes de jato geram sistemas de tempestades. Dados iniciais, baseados em 35 anos de imagens de satélites meteorológicos diversos, apontaram que as nuvens equatoriais estão encolhendo e que as trilhas de tempestades em latitudes médias estão se deslocando em direção aos polos, reduzindo sua área de influência. Contudo, inconsistências entre os satélites limitaram a precisão das conclusões.

Para eliminar essas incertezas, o novo estudo utilizou exclusivamente dados do satélite Terra, que monitora o planeta há 25 anos. A análise confirmou uma redução na cobertura de nuvens de aproximadamente 1,5% por década. Cerca de 80% dessas mudanças decorrem do encolhimento das nuvens, em vez de alterações em sua capacidade de refletir a luz solar.

Agora, o desafio dos pesquisadores é compreender as causas desse encolhimento. Caso esteja relacionado às mudanças climáticas, o fenômeno pode representar um agravante significativo para o cenário ambiental global, acendendo um novo alerta na comunidade científica.

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