Goiânia tem o dia mais frio registrado em novembro em 16 anos; confira previsão

Os goianienses deverão enfrentar mínima de 16 ºC nesta sexta-feira, 4. A temperatura é a menor para o mês de novembro desde 2006, quando os termômetros marcaram 14,5ºC. No fim de semana, o frio começa a perder força gradualmente e a nebulosidade permanecerá. As chuvas devem recomeçar a partir de domingo, 6. No interior o estado, em Jataí, foram registrados  13ºC e 15ºC, nesta quarta e quinta-feira, respectivamente.

“A sensação térmica não deve ficar muito abaixo disso porque os ventos devem ter velocidade de 7 quilômetros por hora, o que seria uma leve brisa e pode fazer a temperatura cair apenas um ou dois graus. Na semana que vem teremos mais ocorrência de chuvas e com possibilidade de chuvas fortes”, explica a chefe do Instituto Nacional de Meteorologia de Goiás (Inmet), Elizabeth Ferreira.

O frio é atípico mesmo para a primavera, que marca a transição do inverno para o verão. A queda dos termômetros ocorreu devido à chegada de uma massa de ar frio de origem polar no continente trazida por jatos de correntes de alta altitude. Foi esse fenômeno que propiciou neve o sul do Brasil nesta semana.

Segundo Elizabeth, a impressão de manhãs mais frias ocorre pela pouca nebulosidade nesse período. “Além disso, temos mais umidade no início do dia. Quando há muitas nuvens, nós sentimos o abafamento”, detalha. Ela afirma que na próxima segunda-feira, 7, o tempo retoma a “cara” de novembro com mínimas e máximas mais altas com chuvas.

Temporais

Na tarde desta segunda-feira, 30, a chuva forte chegou a derrubar árvores na fiação da rede elétrica e deixou parte da população sem o serviço. Com a interrupção, 185 semáforos em 11 bairros da capital pararam de funcionar. Os locais mais atingidos foram os setores Bueno, Aeroporto, Ferroviário, Marista, Nova Suíça e Parque Amazônia. Já em Aparecida de Goiânia os bairros mais atingidos são Vila Brasília, Nova Era, Vila Alzira, Cidade Vera Cruz e Serra Dourada.

Confira a previsão do tempo para o fim de semana:

-Sexta (04): Mínima de 16ºC e Máxima de 26ºC

-Sábado (05): Mínima de 16ºC e Máxima de 28ºC

-Domingo (06): Mínima de 17ºC e Máxima de 29ºC/ Pode ocorrer chuva isolada

Fonte: Inmet

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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