Goianienses vítimas de violência doméstica poderão acionar botão do pânico pelo celular

A partir desta terça-feira (22), as goianienses vítimas de violência doméstica terão um serviço estratégico para garantir a segurança pessoal. Um botão do pânico acionado pelo celular estará disponível para as mulheres  cadastradas previamente como requerentes de medida protetiva informada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).

O pedido de socorro será atendido pela Patrulha Mulher Mais Segura da Guarda Civil Municipal, que deslocará integrantes para prestar socorro. O agrupamento atualmente  tem mil mulheres nessa condição sob sua proteção, em média, e ainda atende a cerca de 150 mandados de ofício do TJGO por mês.

Entre os casos emblemáticos que a patrulha atendeu, está o de uma mulher que foi vítima de sucessivos golpes de faca e que sofre de estresse pós-traumático, o que a impede de retomar a vida com normalidade. No momento, ela mora de favor na casa de uma tia e é atendida pelos guardas civis da prefeitura.

A novidade faz parte das ações da Prefeitura de Goiânia em alusão ao mês da mulher. Amanhã também começa a operar um módulo voltado ao público feminino com serviços exclusivos dentro do aplicativo Prefeitura 24 horas, como cursos de capacitação gratuitos e atividades para conscientizar sobre os tipos de violência contra elas.

Na plataforma também há um quiz de perguntas que dá à usuária a possibilidade de informar se passa por violência doméstica. Em caso positivo, a usuária terá orientações para encaminhamento à rede de proteção.

“Não medimos esforços para criar meios que garantam mais segurança para as vítimas de violência doméstica, assim como suporte a mulheres em situação de vulnerabilidade social”, afirma Rogério Cruz. Ele ressalta que, “somadas aos atendimentos já prestados, as duas ferramentas ampliam e consolidam a rede de proteção e assistência à mulher”. Na semana passada, mais de mil ônibus que circulam na capital tiveram cartazes afixados com os tipos de violência e canais de denúncia.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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