Empresário e pastor goiano acusado pela ex-mulher de abusar sexualmente do próprio filho, nos Estados Unidos, foi inocentado e ganhou o direito de receber indenização milionária de dois jornais de Boston. O nome dos envolvidos não foi divulgado.
Nascido em Pilar de Goiás, região Norte do Estado, o brasileiro de 46 anos, se mudou para Massachusetts, onde abriu uma empresa e também atuava como pastor assistente voluntário. Foi na igreja que ele conheceu a também brasileira e esteticista, com a qual se casou em 2008.
Em 2011, após a mãe do empresário passar um mês na casa dele, o casamento com a esteticista acabou. Na época, ela o acusou de violência doméstica, imigração ilegal e posse de arma de fogo, segundo apurações do grupo UOL.
Apenas em 2013, o casal se divorciou. Já em 2018, o filho do casal contou para uma professora que estava sofrendo abusos sexuais por parte do pai. No entanto, meses depois, a conselheira do colégio disse aos policiais que o garoto lhe contou que a mãe o ameaçou de morte se não acusasse o pai de tocá-lo de forma inapropriada.
Campanha contra o empresário
Em janeiro de 2019, o juiz Thomas Barbar, do Tribunal de Famílias de Middlesex, declarou que a mãe fazia “campanha” contra o ex-marido.
“A Justiça conclui que a mãe tem feito campanha de acusações falsas contra o pai para desacreditá-lo e para romper o relacionamento do pai com o menino”, disse o magistrado, que garantiu ao pai maior parte da guarda com o filho.
Cinco meses depois, a mãe desistiu da guarda e do próprio poder familiar do filho, deixando-o sob custódia do pai, “para o objetivo de adoção”. Para o tribunal, ela alegou que não tinha condições de pagar suas despesas ou visita-lo.
Processo milionário
Durante a briga judicial, o caso foi divulgado em jornais voltados para brasileiros da região de Boston. No entanto, o empresário reclamou que os veículos só deram a versão de sua ex-mulher, o mesmo não teve direito de resposta. Por isso, o brasileiro processou os veículos de comunicação por difamação.
Na semana passada, o Tribunal Superior de Middlesex condenou os jornais Brazilian Times e Negócio Fechado, além de um jornalista. Segundo a sentença, eles deverão pagar US$ 540 mil ou seja R$ 2,7 milhões, publicar uma retratação e apagar as notícias veiculadas na internet sobre o brasileiro.