Goiano bilionário vai pagar multa de 1 bilhão, além de ficar preso em casa

O bilionário goiano Júnior Queiroz, mais conhecido como Júnior da Arisco, vai pagar a maior multa da história do Brasil, no valor de 1 bilhão de reais, além de cumprir prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. A multa foi imposta após delação premiada acertada com o Ministério Público.

O pai de Júnior, João Alves de Queiroz, começou vendendo temperos em “copinhos” pelas mercearias de Goiânia. Com o tempo, a Arisco se tornou uma grande empresa brasileira e foi comprada por uma multinacional.

O herdeiro então usou parte do patrimônio para investir em outros ramos, como o fármaco. Ele é um dos donos da Hypera Pharma, que tem no mercado marcas como Vitasay, Adocyl, Finn, Engov, Benegrip, Epocler e Buscopan. Mas Júnior Queiroz e executivos do grupo se envolveram com políticos e negócios considerados ilícitos pelo Ministério Público Federal.

Nesta segunda-feira, dia 17, a Procuradoria Geral da República enviou quatro acordos de delação premiada, feito por executivos da Hypermarcas ao Supremo Tribunal Federal. Sobre a multa biolionária, o acordo ainda tem de ser validado pelo ministro Edson Fachin, do STF.

Em Goiás, a família Júnior Queiroz é dono da TV Serra Dourada. Na foto, Júnior Queiroz na companhia do doleiro Lúcio Funaro.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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