Goiano é espancado no Chile em seu primeiro dia de trabalho

Paulo Cesar Martins Nogueira, um goiano de 31 anos, foi brutalmente agredido no seu primeiro dia de trabalho em Santiago, no Chile. A denúncia foi feita por Anderson Silva, amigo de Paulo, e detalha um ataque que ocorreu em 18 de julho.

De acordo com Anderson, Paulo estava iniciando seu trabalho como captador de clientes em um restaurante quando se envolveu em uma desavença com o dono de um estabelecimento concorrente. “O dono do outro restaurante começou com palavras de baixo calão e, em seguida, incitou seus funcionários a agredirem o Paulo. Ele levou socos, chutes, pontapés, e foi atacado por cerca de 10 pessoas com objetos, como pedaços de pau. Foi uma situação terrível”, relatou Anderson.

Paulo foi internado em um hospital de Santiago com lesões graves e aguarda uma cirurgia para tratar uma fratura na mão. Durante o ataque, seu celular também foi danificado. Anderson afirmou que os agressores não foram presos e que as imagens de câmeras de segurança do local não estavam disponíveis no dia da agressão.

O Itamaraty, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Santiago, afirmou que está à disposição para prestar assistência consular ao cidadão brasileiro, mas não divulga detalhes sobre casos individuais devido a questões de privacidade e à Lei de Acesso à Informação.

Paulo estava no Chile desde janeiro e havia trabalhado anteriormente em uma loja de roupas antes de assumir o cargo no restaurante no mesmo dia da agressão. A situação gerou preocupação quanto à segurança dos brasileiros no exterior e destaca a necessidade de proteção para trabalhadores estrangeiros em terras estrangeiras.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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