Goiano extraditado de Portugal vai à juri por tentar matar amigo por ciúmes, em Goiânia

O goiano Pedro Victor da Silva Brito, preso pela Interpol e extraditado para Goiás, enfrenta júri popular nesta quarta-feira (18), após quase matar um amigo a tiros e deixá-lo cego de um olho depois de uma briga. O suspeito havia fugido para Portugal logo após o crime, ocorrido em 2020.

Conforme investigação da Polícia Civil (PC), a tentativa de homicídio aconteceu em 17 de fevereiro de 2017, na Vila União. De acordo com o processo judicial, Pedro Victor atirou seis vezes contra o amigo. Relatório médico constatou que a vítima foi atingida no braço direito, mão esquerda e no olho direito, o que provocou cegueira.

Acusado estava preso desde que retornou ao estado após a extradição, em agosto de 2021. Com o julgamento por júri popular, o juiz decidiu soltar Pedro, mas com a condição de que ele não deixe Goiânia sem avisar o Judiciário.

Crime

Segundo o processo judicial, Pedro e a vítima eram amigos há 11 anos e frequentavam a casa um do outro. A vítima conheceu uma mulher em 2016 e passou a viver em união estável, tendo dois filhos com ela. No final de janeiro de 2020, a vítima e a mulher terminaram o relacionamento.

Após a separação, diversas pessoas contaram a vítima que Pedro Victor e a ex-mulher teriam ficado juntos em uma festa. Depois disso, o amigo enviou algumas mensagens ao autor, questionando a respeito deste assunto, e ele negou.

No dia do crime, a vítima e o denuniado trocaram várias mensagens através do celular. A ex-mulher da vítima confirmou que ficou com Pedro Victor na festa.

Diante disso, Pedro propôs que ele e o amigo se encontrassem para conversa pessoalmente. Eles se encontraram por volta das 20h em um campo de futebol na Vila União.

Ao se encontrarem, o autor pergunto a vítima se ele acreditava na versão da ex-mulher e passou a efetuar disparos. De acordo com o processo, a vítima não morreu pois foi socorrida por médicos.

Pedro Victor fugiu para Portugal logo após o crime. A Justiça de Goiás decretou sua prisão. Foi quando a Interpol o prendeu e extraditou para o Brasil.

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Mulheres processam Johnson & Johnson por alegações de talco causar câncer de ovário

Quase 2 mil mulheres britânicas, incluindo pacientes com câncer, sobreviventes e suas famílias, estão se preparando para mover uma ação coletiva contra a Johnson & Johnson, alegando que o uso do talco da empresa causou câncer de ovário. Este será o primeiro processo desse tipo enfrentado pela companhia no Reino Unido, e tem o potencial de se tornar a maior ação judicial envolvendo um grupo farmacêutico na história da Inglaterra e País de Gales. Nos Estados Unidos, a Johnson & Johnson já enfrentou mais de 62 mil processos relacionados ao talco, resultando em pagamentos ou reservas de pelo menos US$ 13 bilhões em indenizações.

Contaminação com Amianto e Ação Judicial

As advogadas das reclamantes alegam que o talco da Johnson & Johnson estava contaminado com amianto, uma substância cancerígena, e que a empresa omitiu informações sobre o risco aos consumidores. Tom Longstaff, sócio da KP Law, que representa as vítimas no Reino Unido, afirmou: “A empresa sabia há décadas que o amianto estava presente e era perigoso, mas não fez nada para alertar os consumidores. Estamos empenhados em ajudar o maior número possível de pessoas a buscar justiça contra os executivos ávidos por lucro.”

Por sua vez, a Johnson & Johnson refuta as acusações e defende que elas são ilógicas e distorcidas. A empresa descontinuou a venda de talco à base de minerais no Reino Unido em 2022 e nos Estados Unidos em 2020, citando pressões financeiras e “desinformação” em torno do produto como justificativa.

Embora o talco seja fabricado a partir de um mineral natural, estudos sugerem que ele pode conter pequenas quantidades de amianto, cujas fibras podem causar danos graves ao corpo humano, como inflamações e câncer. Em julho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o talco mineral como “provavelmente cancerígeno para seres humanos”.

Relatos de Mulheres Diagnosticadas com Câncer de Ovário

Entre as mulheres que ingressaram na ação está Linda Jones, de 66 anos, diagnosticada com câncer de ovário em novembro do ano passado. Ela usou talco desde a infância e compartilhou sua surpresa ao descobrir uma possível ligação entre o uso do produto e sua doença. “Confiávamos no que os anúncios diziam. Quando fui diagnosticada, nunca imaginei que o talco poderia ter causado isso”, afirmou Linda.

Cassandra Wardle, de 44 anos, também foi diagnosticada com câncer de ovário em 2022 e usou talco desde a infância, assim como Sharon Doherty, de 57 anos, diagnosticada com câncer de ovário e trompa de falópio. Sharon passou por cirurgia e quimioterapia, mas a doença retornou, e ela aguarda tratamento pelo NHS.

Posicionamento da Johnson & Johnson

A Johnson & Johnson se defende, afirmando que sempre priorizou a segurança de seus produtos. Erik Haas, vice-presidente global de assuntos jurídicos da empresa, declarou que a companhia utilizou protocolos de testes rigorosos ao longo das décadas e que esses testes mostraram consistentemente a ausência de amianto no talco para bebês. Além disso, Haas afirmou que estudos independentes não associam o talco ao câncer de ovário ou ao mesotelioma.

Ele também destacou que a empresa venceu ou reverteu em apelação a maioria dos casos nos Estados Unidos relacionados a essas alegações.

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