Goianos enfrentam calor e chuva nesta sexta-feira, 10

O tempo em Goiás será marcado por altas temperaturas e grande chance de pancadas típicas de verão nesta sexta-feira, 10. A previsão do tempo está baseada no aumento no transporte de umidade sobre o estado. A combinação com o calor favorecerá a formação de áreas de instabilidade, que devem incluir rajadas de vento e raios.

 

De acordo com o prognóstico do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a capital deve ter variação de nebulosidade, sol e pancadas de chuvas. Os termômetros podem chegar a marcar 30ºC e a umidade relativa do ar deve variar entre 45% a 95%. A perspectiva é a mesma para o fim de semana. O verão chuvoso se estende até o mês de março, a partir de quando as pancadas começam a ficar mais escassas.  

A orientação das autoridades é que a população não se abrigue debaixo de árvores pela chance de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda, em caso de rajadas de vento. Outra recomendação é desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros de Goiás podem ser acionados durante as tempestades, se necessário, pelos telefones 199 e 193, respectivamente.

Efeitos negativos

 

A temporada de chuva parece ter sido mais intensa neste ano, mas os dados do Inmet apontam que a quantidade registrada ficou dentro da média em fevereiro. Ao todo, a capital goiana registrou 12 dias de chuva, totalizando 236,5 mm. Além dos prejuízos financeiros, o risco para a saúde humana é alto. Para evitar ou minimizar o impacto desses efeitos climáticos, um alerta com informações preventivas foi emitido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). 

A maior preocupação é com as doenças causadas pela enchentes decorrentes das tempestades. A água suja pode ter sido contaminada através de esgoto e dejetos de animais, como ratos.  O tétano e a leptospirose costumam ter mais registros médicos após inundações dentro e fora de Goiás. Os alimentos também podem ser tornar uma fonte de transmissão de microrganismos que afetam o corpo humano, o que torna necessário adotar duas precauções. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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