Goiás: 30 cidades têm mais eleitores do que habitantes

Os dados foram feitos com base no último censo do IBGE, de 2010. Por isso, a CNM, que divulgou o estudo, explica que a estimativa populacional pode estar subestimada

Goiás é o terceiro estado brasileiro com o maior número de cidades onde a quantidade de eleitores supera a da população em 2018. Minas Gerais e Rio Grande do Sul estão à frente. Entre os 308 municípios brasileiros, 30 são goianos, com destaque para Itapurã, Campos Verdes, Davinópolis, Taquaral de Goiás e Três Ranchos. Todas as cidades que aparecem na lista são de pequeno porte. Os dados são da Confederação Nacional de Municípios (CNM), divulgados na última quarta-feira (29). Para o estudo foram utilizados números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O município com maiores taxas, em Goiás, é Itapirapurã, com uma diferença de 1.183 entre a população de 2018 e o eleitorado do mesmo ano. Em seguida, aparece Campos Verdes, com a diferença de 1.047 e Davinópolis, com 1.037. Taquaral de Goiás tem 812 e Três Ranchos 662. Apesar dos altos índices, nenhuma cidade goiana aparece entre as dez maiores diferenças entre eleitores e população no ranking nacional. Por outro lado, Novo Gama é o décimo município brasileiro com a menor proporção. São 40.451 eleitores, em uma cidade com 113.679 moradores. Ou seja: apenas 35,58% da população de Novo Gama pode votar nas eleições de 2018.

Os dados foram feitos com base no último censo do IBGE, de 2010. Por isso, a CNM, que divulgou o estudo, explica que a estimativa populacional pode estar subestimada. No Centro-Oeste, o único estado que aparece junto com Goiás no ranking é Mato Grosso, com quatro municípios.  Já Mato Grosso do Sul não têm nenhuma cidade em que o número de votantes supera o de moradores. As cidades com maiores números de eleitores na região são as capitais: Brasília, Goiânia, Campo Grande e Cuiabá.

Na capital goiana são 977.479 eleitores. Em quinto lugar está Aparecida de Goiânia, com quase 300 mil votantes. Em décimo, aparece Rio Verde, com menos de 130 mil. Entre o primeiro estudo, referente a 2017, e o deste ano, a quantidade de cidades brasileiras com mais eleitores que habitantes subiu de 231 para 308. Ainda segundo a CNM, entre 2006 e 2018 houve aumento de 2% no eleitorado brasileiro. Se comparado com a estimativa populacional mais recente do IBGE, referente a 2018, os eleitores brasileiros representam 70,4% da população.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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