A balança comercial de julho, divulgada nesta sexta-feira, dia 11, pela Secretaria de Desenvolvimento (SED), alcança o 43º saldo positivo, chegando a um superávit de US$ 355,4 milhões em produtos exportados. O resultado foi atingido pelo crescimento de 32,32% das vendas de Goiás, se comparado com o mesmo período do ano passado, gerando mais de US$ 606 milhões em vendas de produtos goianos para outros países.
Em julho foram exportados 369 produtos para 108 países. A China foi o principal destino dos produtos goianos, com 31,07% do total das exportações, alcançando o valor de US$ 188,5 milhões. Goiás exporta para o País principalmente o complexo soja, carnes, ferroligas, couros e derivados, açúcar e peixes ornamentais vivos de água doce.
As importações no mês de julho totalizaram US$ 251,3 milhões, apresentando retração de 12,54% em relação à junho e crescimento de 14,73% em relação a julho de 2016. Goiás importou 1.353 produtos de 55 países. Os produtos farmacêuticos lideram o ranking de importados, com participação de 25,4% do valor total das importações. Goiás importou principalmente dos Estados Unidos, representando 24,10% do total.
No acumulado de janeiro a julho, as exportações totalizaram valor de US$ 3.987.835,036 milhões, com crescimento de 3,95% se comparado com o mesmo período do ano anterior. As importações também apresentaram crescimento de 22,62% em relação a igual período do ano anterior.
O secretário Francisco Pontes comemorou este novo saldo e atribuiu o resultado sequencial às políticas econômicas promovidas pelo Governo de Goiás, direcionadas ao desenvolvimento de todos os setores produtivos. “O Estado de Goiás vem experimentando um novo curso de estratégias diferenciadas, que resultam em confiança nos nossos produtos. Um diferencial que a SED apresenta pela 43ª vez consecutiva”, ressaltou.
Exportações
No ranking dos produtos exportados em julho de 2017, após o complexo soja, destacam-se as carnes, representando 17,44% do total de produtos exportados, ocupando o segundo lugar. Dentre as carnes, a bovina teve um crescimento de 24,24% em relação a julho de 2016.
Ferroligas ocupam o terceiro lugar nesta classificação, seguidas por complexo milho, ouro, couros e derivados, máquinas e aparelhos elétricos e mecânicos, amianto, outros produtos de origem animal e gelatinas e seus derivados.
Como destino, além da China em primeiro lugar, temos os Países Baixos (Holanda), com a aquisição de 9,86% dos produtos goianos exportados. Na sequência, Rússia e Índia em terceiro lugar (4,64%) e os Estados Unidos em quarto lugar (3,56%), seguidos por Coreia do Sul, Vietnã, Hong Kong, Tailândia e Irã.
Importações
Os produtos farmacêuticos lideram o ranking, seguidos por automóveis, tratores, ciclos, outros veículos e suas partes, representando 17,87% do total de valor importado, totalizando US$ 44,9 milhões. Em relação ao mês de julho de 2016, apresentou crescimento expressivo de 57,77%.
Em terceiro lugar, adubos e fertilizantes, com participação de 15%, seguidos por reatores nucleares, caldeiras, máquinas e aparelhos mecânicos, com 12%. Goiás importou ainda, produtos químicos orgânicos (9,84%), aparelhos e materiais elétricos e suas partes (3,47%), acompanhados por instrumentos e aparelhos de óptica, gorduras e óleos vegetais e animais, plásticos e suas obras, óleos essenciais, resinoides e produtos de perfumaria.
Além dos Estados Unidos, que está em primeiro lugar no ranking de países de origem das importações, Goiás também comprou da Coreia do Sul (14,20%), Japão (8,88%), Suíça (7,28%), China (6,30%), Alemanha (5,93%), Rússia (4,51%) Tailândia (2,88%), Argentina (2,72%), e Canadá (2,68%).
Missões comerciais
A China ser o maior parceiro de mercado com Goiás não é simples coincidência. Na última missão goiana à China no mês de julho, uma comitiva da Secretaria de Desenvolvimento Econômico – formada por dois técnicos e pelo secretário Francisco Pontes – retornou com perspectivas de mercado promissoras para Goiás.
A convite do governo chinês e representando o governador Marconi Perillo, o secretário informou que a China quer expandir os negócios com o Estado e está disposta a financiar projetos goianos, além de projetar o Brasil como o seu maior parceiro de negócios. Neste ponto, o potencial logístico, a capacidade de produção agropecuária e mineração, colocaram Goiás entre seus mais importantes alvos de investimento.
Durante as reuniões com os chineses, Goiás estreitou laços com investidores interessados em produção de alimentos, mineração, logística e infraestrutura. “Uma dessas empresas, a Landun Metal Limited, já deve vir ao Estado para conhecer de perto nossas potencialidades. Eles ficaram tão interessados que haviam marcado de desembarcarem aqui em setembro, mas já anteciparam a visita e virão até o final deste mês”, pontuou Francisco Pontes.
O secretário citou ainda a participação goiana no exterior como um importante fator de atratividade de novos investimentos. “Nosso Estado é um dos que mais realizam missões comerciais e um dos poucos que recebem um respaldo positivo. Enquanto fomenta a nossa produção local, Goiás também demonstra preparação para atrair investimentos estrangeiros”.
Agenda de Missões
Atualmente, técnicos da SED estão em missão comercial no Sri Lanka, para atração de investimentos para indústria de borracha. Nessa missão, o superintendente de Comércio Exterior, William O’Dwyer, explicou que a comitiva goiana traçou uma rota para buscar investimentos nesse segmento e, portanto, passarão também pela Malásia e Tailândia.
Nos próximos meses, a SED também deve firmar visitas à Israel, aos países que compõem o Cone Sul (na América do Sul), Suécia, Suíça e Portugal. Estão previstos também China, Japão e Singapura. Além das missões comerciais e da visita de investidores chineses no final deste mês, Goiás também deve iniciar negociações com a Namíbia, Alemanha e Holanda.