Goiás atrai investimento milionário da chinesa Xamano Group para produção de fertilizantes

O Governo de Goiás confirma apoio total à instalação da multinacional chinesa Xamano Group em Goianésia. A empresa, com investimento de R$ 53 milhões, produzirá amônia verde e fertilizantes no parque industrial do Grupo Jalles Machado. O projeto-piloto, inédito no Brasil, utilizará tecnologia limpa para gerar amônia a partir do hidrogênio, abrindo caminho para a produção de combustível alternativo. A iniciativa promete impulsionar o agronegócio e fortalecer a posição estratégica de Goiás no cenário nacional.
 
Em reunião com o vice-governador Daniel Vilela e o secretário-geral Adriano da Rocha Lima, o presidente da Xamano Group, Wei Wang, destacou o modelo de negócio “econômico” do projeto, que poderá ser replicado em grandes fazendas do país. A meta inicial é alcançar 2,6 mil toneladas de amônia/ano.
 
Vilela ressaltou o momento positivo da economia goiana, com indicadores de PIB, educação e segurança pública em alta. “Goiás quer estar à frente em investimentos com tecnologia limpa”, afirmou, convidando a Xamano Group a integrar o rol de empresas que escolhem o estado para prosperar.
 
Adriano da Rocha Lima complementou, destacando a posição estratégica de Goiás para logística e o alto consumo de fertilizantes no país. “O projeto está alinhado com a visão de futuro do governo”, concluiu.
 
Com sede em Hong Kong, a Xamano Group atua nas áreas médica, de energia e financeira. A fábrica em Goiás seguirá o modelo da unidade no Porto de Santos (SP), que já produz combustível alternativo a partir do hidrogênio para abastecer ônibus, caminhões e empilhadeiras.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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