Última atualização 25/08/2022 | 10:03
Goiás já tem 174 casos confirmados de Monkeypox, segundo boletim informativo da divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) desta quarta-feira, 24. Além disso, a pasta ainda aguarda resultado de exames 357 possíveis infectados e 16 possíveis casos são monitorados.
As suas primeiras confirmações da doença no estado ocorreram no dia 9 de julho. Dentro de 30 dias, houve um aumento de 2550%. Uma semana depois, Goiás já estava em transmissão comunitária com 136 infectados em dez municípios. Em menos de uma semana, outros 38 casos foram confirmados, colocando o estado na classificação de risco nível III.
Essa classificação é considerada a de mais alta de risco, quando há confirmação de transmissão local. Diante disso, a SES divulgou um plano de contingência que formalizou uma série de medidas e orientações para rastrear e restringir a doença no território goiano.
Conforme o documento, a classificação de risco da Varíola dos Macacos se divide em nível I (Alerta), que corresponde a uma situação em que o risco de introdução da doença seja elevado e não apresenta casos suspeitos; nível II (Perigo Iminente), detecção de caso suspeito e/ou confirmado com transmissão importada, mas sem registros secundários, e nível III (Emergência de Saúde Pública), em que ocorre a transmissão local.
Plano de contingência
O plano de contingência, conforme a SES, é baseado na classificação nível III, uma vez que a transmissão da varíola já acontece por contato de pessoa para pessoa dentro do estado “com transmissão comunitária, e ainda não há no território nacional disponibilidade de medidas de imunização e de tratamento.”
O documento detalha as estratégias de identificação, notificação, monitoramento e tratamento de pacientes com confirmação e suspeita da doença.
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, todas essas medidas já vêm sendo tomadas. “As indicações técnicas reforçam as medidas que Goiás já estava adotando desde o começo dos registros da Monkeypox no Brasil, como manter uma Sala de Situação, agora ampliada no COE, as capacitações e definições de rede de atenção”, explica.
A SES definiu os hospitais de referência e tem capacitado sistematicamente os profissionais da área para identificar os casos e fazer o diagnóstico diferencial da monkeypox. Todos os informes sobre o registro de casos, legislações, notas técnicas e o Plano de Contingência podem ser acessados no link: www.saude.go.gov.br/monkeypox.
A doença tem baixa letalidade e registrou apenas um óbito no Brasil, de paciente imunossuprimido com histórico de quimioterapia. Goiás não tem nenhum óbito nem caso grave em adultos ou bebês, mas a SES alerta para a necessidade de cuidado redobrado por parte de pessoas imunossuprimidas e gestantes.
Prevenção
A principal forma de proteção é o isolamento da pessoa infectada (especialmente na presença de lesões na pele ou mucosas, que podem ser confundidas com herpes, afta ou catapora) até que seja feito o exame laboratorial confirmando ou não a doença.
Deve-se evitar o contato com pessoas contaminadas, especialmente os contatos mais íntimos, separando objetos de uso pessoal. Profissionais de saúde devem usar Equipamentos de Proteção Individual no manejo dos pacientes e orientá-los quanto ao isolamento de 21 dias ou até que as lesões cicatrizem totalmente. O tratamento atual refere-se aos sintomas da varíola e na grande maioria dos casos não há necessidade de internação.