Goiás conquista 3º lugar no ranking de sustentabilidade ambiental

Goiás conquistou o terceiro lugar no quesito ‘sustentabilidade ambiental’ do Ranking de Competitividade dos Estados 2024, que acaba de ser divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). São três posições acima do resultado de 2023.

De acordo com o relatório, o avanço de Goiás se deu sobretudo em razão da pontuação no item ‘recuperação de áreas degradadas’ (+11 posições). A principal iniciativa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) nesse quesito é o Juntos Pelo Araguaia.

“Conseguimos implementar o maior projeto de desenvolvimento ambiental de que se tem notícia”, afirma a secretária Andréa Vulcanis. “A ideia do Juntos pelo Araguaia é cada um fazer a sua parte, cada um com o seu esforço. Acreditem nesse sonho, não só para ter água ou uma árvore a mais. Estamos transformando a forma como a gente se integra e se comporta diante da natureza. Podemos ser um pouco mais felizes”, completa.

RANKING DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

O ranking é liderado pelo Paraná, com 100 pontos, e na sequência vêm São Paulo (95,9), Goiás (84,8), Espírito Santo (81,4), Rio de Janeiro (77,9), Minas Gerais (75,7), Distrito Federal (72,6), Amazonas (71,2), Roraima (69,6), Santa Catarina (68,6), Rio Grande do Sul (65,5) e Ceará (56,3).

Goiás se manteve estável ou avançou em dez dos 13 indicadores usados para elaboração do ranking, que são: emissão de CO2, serviços urbanos, destinação do lixo, tratamento de esgoto, perda de água, reciclagem de lixo, coleta seletiva de lixo, desmatamento, velocidade do desmatamento, recuperação de áreas degradas, transparência das ações de combate ao desmatamento, presença de vegetação em imóveis rurais, e vegetação nativa em imóveis rurais.

JUNTOS PELO ARAGUAIA

O Juntos pelo Araguaia foi lançado em junho de 2019, como resultado de uma parceria dos governos federal, de Goiás e do Mato Grosso. A meta é recompor a vegetação nativa do Cerrado em 10 mil hectares no território da bacia hidrográfica do Alto Rio Araguaia (onde há expressiva produção agropecuária).

O programa alcança 16 municípios de Goiás: Amorinópolis, Aragarças, Arenópolis, Baliza, Bom Jardim, Caiapônia, Diorama, Doverlândia, Iporá, Ivolândia, Mineiros, Montes Claros, Palestina de Goiás, Piranhas, Portelândia e Santa Rita do Araguaia.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp