Goiás conquista 52 medalhas nas Paralimpíadas Escolares em São Paulo

Time goiano conquistou 33 medalhas de ouro, 13 de prata e seis de bronze, fechando a fase nacional das Paralimpíadas Escolares na oitava posição no ranking geral

Goiás voltou com a mala cheia de medalhas da fase nacional das Paralimpíadas Escolares, que foi realizada em São Paulo, entre os dias 22 e 25 de novembro. Ao todo, o time goiano conquistou 52 medalhas, sendo 33 de ouro, 13 de prata e seis de bronze, fechando a competição na oitava posição no ranking geral dos estados.

A disputa contou com a participação de mais de 1.300 alunos em idade escolar, entre 10 e 17 anos, com diferentes tipos e níveis de deficiência física ou intelectual. A delegação de Goiás foi composta por 79 integrantes, sendo 42 atletas, e contou com o apoio logístico de transporte do Governo de Goiás, que também disponibilizou kit de uniformes e materiais esportivos.

Secretário de Estado de Esporte e Lazer, Henderson Rodrigues parabenizou os atletas pelos resultados conquistados. “Nós, enquanto gestores esportivos, ficamos muito felizes em ver nossos atletas conquistando medalhas e colocando a bandeira de Goiás no pódio. Mas mais importante que isso é poder ajudar a transformar a vida desses jovens. Tenho certeza que, independentemente do resultado esportivo, esses alunos voltam para casa com outra bagagem de experiência de vida”, ressaltou.

Superintendente de Paradesporto e Fomento Esportivo da Seel, Mário Kanashiro representou o Governo de Goiás no evento e se mostrou muito orgulhoso com os resultados conquistados. “Goiás vem se tornando referência no paradesporto em nível nacional, e isso é resultado do trabalho de muita gente. Cabe a nós dar suporte e estrutura, fomentando a renovação e o desenvolvimento de novos atletas. Vamos trabalhar para que o paradesporto fique cada vez mais forte em Goiás”, destacou.

Destaque

A modalidade mais premiada da delegação goiana foi o atletismo, com 14 medalhas de ouro, quatro de prata e uma de bronze. Três destes ouros foram conquistados por Ryan Pablo, que venceu suas provas nos 100, 400 e 1.500 metros, com direito a recorde da competição nas duas últimas.

“Estava com esse objetivo em mente, de conquistar as três provas. Trabalhei para isso. De quebra ainda vieram esses recordes, que me colocaram como o melhor do Brasil na minha categoria”, pontuou o atleta de 17 anos, que já mira voos mais altos. “Meu sonho é disputar um Parapan ou até mesmo uma Paralimpíadas. Vou trabalhar para isso”, cravou.

Morador de Inhumas, Ryan treina na pista de atletismo do Estádio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira, no Centro de Excelência do Esporte, em Goiânia. Ele, que teve paralisia cerebral no nascimento, começou a treinar atletismo há menos de dois anos, e viu uma evolução rápida nas pistas.

“Antes do paradesporto eu era desacreditado. Agora estou quebrando recordes e sempre almejando mais. Treino três vezes por semana no Centro de Excelência, e lá tenho todo o suporte do Jabá, que é meu treinador, para evoluir cada vez mais” contou o atleta, que se despede das Paralimpíadas Escolares e passa a vislumbrar as competições adultas em 2023. “As Paralimpíadas Escolares me deram uma base muito grande nesses dois anos. Meu foco agora está no Parapan de jovens, em junho do ano que vem. Agora é treinar e ir para cima” , finalizou o atleta.

Goiás também foi bastante premiado na natação (12 ouros, três pratas e um bronze) tênis de mesa (quatro ouros, uma prata e três bronzes) e parabadminton (três ouros, uma prata e um bronze). Bocha, com um ouro e uma prata, judô e futebol de cegos, com uma prata cada, foram outras modalidades com goianos no pódio.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp