Goiás convoca mulheres em situação de violência doméstica para a entrega do Aluguel Social

Goiás convoca mulheres em situação de violência doméstica para a entrega do Aluguel Social

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), publicou a lista de convocação de 101 mulheres em situação de violência doméstica, distribuídas em 33 municípios goianos e aprovadas por esse critério específico para receberem o benefício do Aluguel Social. Diferente do atendimento prestado ao público geral, essas beneficiárias não participam de uma solenidade pública de entrega de cartões. Elas são orientadas pela Agehab para preencher e enviar a declaração de aceitação do programa por meio do site da agência, além de ativar o aplicativo do benefício.

“Como se tratam de mulheres em situação de violência, a segurança do anonimato é levada em conta. Por isso, elas são informadas e orientadas particularmente por nossa equipe”, explica o presidente da Agehab, Alexandre Baldy. “Essa diferenciação tornou-se essencial para garantir o direito do acesso ao benefício a essa parcela da população sem colocar em risco a integridade e a dignidade”, acrescenta ele.

Preocupado com alguns segmentos mais fragilizados, o Governo de Goiás flexibilizou as regras do Aluguel Social para atender as mulheres em situação de violência doméstica e famílias afetadas por situação de emergência ou estado de calamidade. Também ampliou os perfis sociais dos beneficiários do programa, estendendo a iniciativa a grupos vulneráveis antes não especificados, como, por exemplo, os responsáveis por crianças e adolescentes em situação de violência.

Para o titular da Seinfra, Pedro Sales, a habitação é um importante instrumento de combate à violência doméstica. “Esta é mais uma ação do Governo de Goiás para proteção da mulher e sua família, que coaduna com outras já em curso, dentro do programa Goiás Por Elas”, sublinha o secretário. O Aluguel Social é um benefício de R$ 350 concedido por até 18 meses e pode ser uma saída para a vítima deixar a dependência econômica do agressor. Os recursos são oriundos do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege), coordenado pelo Gabinete de Políticas Sociais (GPS) dentro do programa Goiás Social.

Para as mulheres em situação de violência doméstica, é necessário apresentar boletim de ocorrência, sentença condenatória da ação penal e relatório elaborado por assistente social; ou então medida protetiva emitida por autoridade judicial. Qualquer mulher moradora do Estado de Goiás pode solicitar inclusão no programa a qualquer momento.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp