Goiás convoca população a atualizar vacinas antes do Carnaval

Doses em atraso podem comprometer o esquema vacinal e contribuir para o aumento de casos graves no período de festa

Goiás convoca população a atualizar vacinas antes do Carnaval

Após dois anos sem Carnaval de rua devido à pandemia de Covid-19, o Governo de Goiás reforça a importância da atualização das vacinas no prazo adequado para que os imunizantes façam efeito antes do feriado prolongado a fim de prevenir os casos graves da doença e garantir a segurança dos foliões. Em geral, a proteção começa em duas semanas após a segunda dose.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) destaca que todos devem procurar uma unidade de saúde para conferir quais imunizantes estão em atraso para que seja feita a atualização do cartão de vacinas, principalmente em relação às vacinas contra a Covid-19.

De acordo com a Superintendência de Vigilância Sanitária, mais de 2 milhões de goianos que estão aptos a receber a dose de reforço (terceira dose) ainda não o fizeram. “O imunizante que protege contra a Covid-19 tem prazos muito específicos devido à mutação do vírus. É muito importante seguir as recomendações dos intervalos entre as doses para garantir a eficácia da proteção”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim.

Quem pode vacinar

Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda a aplicação de até cinco doses da vacina contra a Covid-19 a depender da idade e condições de saúde de cada pessoa. Em Goiás, as doses estão liberadas para uma ampla faixa etária que vai desde os seis meses de idade até acima de 80 anos.

A primeira dose é recomendada para todos a partir dos seis meses. As crianças contam com doses infantis específicas. Na semana passada, o Estado recebeu 250 mil doses da Pfizer Baby e Pediátrica. Esses imunizantes são destinados para crianças de até 11 anos de idade. Pessoas acima de 12 anos já podem receber a vacina destinada aos adultos.

A segunda dose da vacina está disponível nas unidades de saúde para todos que tomaram a primeira dose há, pelo menos, um mês. “Quem recebeu a CoronaVac como primeira dose tem de esperar um mês, quem foi vacinado com a Pfizer ou AstraZeneca tem de esperar dois meses para receber a segunda dose”, explica Flúvia. Quem tomou a dose da Janssen precisa do reforço após dois meses.

Para quem precisa tomar a terceira dose, a dica é procurar o cartão de vacinas para conferir a data da última aplicação já que o intervalo aumenta. O tempo de espera entre a segunda e terceira dose é de quatro meses para quem recebeu a CoronaVac, Pfizer ou AstraZeneca.

Em Goiás, a quarta dose está liberada apenas para pessoas acima de 30 anos, trabalhadores da saúde e imunossuprimidos acima de 12 anos que tomaram a terceira dose, de qualquer fabricante, há quatro meses. “A decisão de vacinar pessoas acima de 30 anos foi tomada após ampla discussão entre os gestores de saúde em Goiás. Essa faixa etária já está abaixo do proposto pelo Ministério da Saúde que é de vacinar com a quarta dose apenas a população acima de 40 anos” reforça Flúvia.

A quinta dose da vacina para a Covid-19 está liberada apenas para os imunossuprimidos com mais de 30 anos. Esse público diz respeito às pessoas com baixa imunidade que apresentam enfraquecimento do sistema imunológico, seja por algumas doenças, por uso de medicamentos ou pela realização de procedimentos médicos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos