Goiás cresce acima da média e tem recorde de atividade econômica

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Em março de 2023, Goiás atingiu o maior patamar de atividade econômica da série histórica mensurada pelo Índice de Atividade Econômica (IBCR), divulgado pelo Banco Central (BC). Considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), esse máximo histórico é resultado do crescimento de 7,3% no primeiro trimestre de 2023, em comparação com os últimos três meses de 2022, na análise com ajuste sazonal. O aumento superou a média nacional no mesmo período, que foi de 2,4%, segundo análise do Instituto Mauro Borges de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas (IMB).

O crescimento goiano foi o segundo maior entre as unidades da federação. Nesse comparativo, entre o primeiro trimestre de 2023 contra o trimestre imediatamente anterior, o Estado ficou à frente do Espírito Santo (6,3%), Amazonas (5,6%), Bahia (5,9%), Pernambuco (3,8%), Minas Gerais (2,9%), Ceará (1,4%), Santa Catarina (1,0%), Pará (0,2%), São Paulo (0,1%), Rio de Janeiro (0,1%) e Rio Grande do Sul (-0,2%).

Na comparação entre março de 2023 e março de 2022, sem ajuste sazonal, Goiás apresentou crescimento de 1,9%, levando o Estado ao 26° mês consecutivo com registros positivos. A variação entre fevereiro e março deste ano, com ajuste sazonal, foi de 1,5%, enquanto o acumulado em 12 meses atingiu crescimento de 2,6%.

Crescimento contínuo

“Os bons indicadores são resultado dos esforços da atual gestão para impulsionar a força da nossa atividade econômica. Goiás segue avançando na promoção de políticas públicas relacionadas à inclusão social, na oferta de empregos, redução da desocupação e capacitação dos cidadãos”, destaca o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

Para o diretor-executivo do IMB, Erik Figueiredo, os resultados obtidos por Goiás são muito positivos. “Nosso Estado segue apresentando bons resultados. Registramos em março de 2023 valores positivos na taxa mensal interanual pela 26ª vez consecutiva e esse resultado se dá em razão do empenho da atual gestão em promover a qualificação dos cidadãos e o fomento da nossa economia”, destaca.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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