Goiás cresce pelo 34º mês seguido no setor de serviços

O setor de serviços em Goiás completou 34 meses ininterruptos em crescimento na variação interanual. Nesse índice, alcançado no mês de novembro, o crescimento acumulado no ano foi de 6,9%, valor superior à média brasileira que foi de 2,7% no mesmo período. O Estado também apresentou aumento de 6,8%, enquanto o país obteve variação de 3%, no comparativo do acumulado em 12 meses. Nesse indicador, Goiás ficou na 8ª posição entre as demais unidades federativas do país.

Já na comparação com novembro de 2022, o crescimento goiano foi de 3,7%, enquanto o Brasil apresentou queda de 0,3%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), e validados pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), nesta terça-feira (16/01).

Para o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, esse crescimento do Estado no setor de serviços é um marco a ser destacado. “Trata-se de um crescimento impressionante. São 34 meses seguidos, que demonstram que as políticas públicas de desenvolvimento implantadas pelo governo estão dando bons resultados”, analisa.

Titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho complementa: “O setor de serviços em Goiás gera renda e milhares de empregos; nós seguiremos trabalhando para manter a boa gestão, que garantiu excelentes resultados em 2023, para que, no ano de 2024, o setor seja ainda melhor para a economia goiana”.

O diretor-executivo do IMB, Erik Figueiredo, acredita que o setor de serviços se caracteriza pela alta absorção de mão de obra. “O bom desempenho é algo que deve ser duplamente comemorado, pois ele movimenta bastante a economia, sendo capaz de alavancar o PIB e gerar ainda mais empregos em Goiás”, afirma.

As altas nos índices foram puxadas pelas atividades de transporte, serviços auxiliares aos transportes e correio; seguido pelos serviços de informação e comunicação que tiveram variação de 10,9% no acumulado do ano e de 11,4 % e 10,1%, respectivamente, no comparativo em 12 meses.

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no país, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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