Goiás cria quase 15 mil novos empregos formais em janeiro

Goiás criou 14.926 novos postos formais de trabalho no mês de janeiro de 2024. Com o aumento, o estado atingiu a marca de 1,533 milhão de pessoas empregadas formalmente, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e validados pelo Instituto Mauro Borges (IMB). O saldo é reflexo de 86.239 admissões e 71.313 desligamentos, representando um aumento de 59% na criação de vagas em relação ao mesmo período de 2023.

“Abrir o ano com números tão impactantes, melhores até mesmo do que os dados do início de 2023, demonstra que o Governo de Goiás está no caminho certo, ao priorizar o bem-estar da população com a geração contínua de novos cargos, garantindo o sustento e a renda de todos os goianos que buscam por trabalho”, comemora o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho.

O aumento na quantidade de empregados com carteira assinada representa um avanço de 0,98% no número de trabalhadores em Goiás. O resultado é o 4º melhor do Brasil e mais que o dobro da média brasileira, que foi de 0,40%. Goiás também obteve a segunda maior taxa de crescimento de empregados na região Centro-Oeste, ficando atrás apenas de Mato Grosso (1,88%) e à frente do Mato Grosso do Sul (0,76%) e do Distrito Federal (0,30%).

“Os dados mostram a efetividade das políticas públicas implementadas pela gestão de direcionamento dos goianos para melhores oportunidades de emprego. E além de refletir o potencial econômico do estado, também mostram a sua capacidade de atrair e fortalecer pequenas e grandes empresas em todos os setores”, destaca o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

Após seis meses desempregado e em busca de novas oportunidades, João Samuel Souza dos Santos, 20 anos, foi um dos que conseguiram se recolocar novamente no mercado de trabalho em janeiro. “Estabelecer-me logo no começo do ano me permite uma certa segurança e estabilidade”, afirma. O emprego obtido pelo estudante universitário é englobado pela categoria de serviços, em que as atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foram as detentoras dos números mais expressivos, ao registrar 3.667 novas vagas formais

Setores

Todos os setores criaram novos postos de trabalho em Goiás. O segmento de serviços foi o que mais se destacou, com crescimento de 5.587 novos empregos, seguido pela construção e agropecuária, que registraram um total de 3.476 e 3.199 empregos criados, respectivamente. A indústria registrou um aumento de 2.463 novos empregados, enquanto o crescimento do comércio foi de 201. “É esse cenário de crescimento que desejamos continuar observando ao longo deste ano”, salienta o diretor-executivo do IMB, Erik Figueiredo.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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