Goiás dá início a Plano de Atenção aos Migrantes Refugiados e Apátridas

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), deu início nesta semana à consultoria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), que auxiliará na criação do Plano Estadual de Atenção aos Migrantes Refugiados e Apátridas de Goiás. Com previsão de lançamento no mês de fevereiro, o instrumento vai propor diretrizes para implementação de políticas públicas de atenção a essa população. Um grupo de trabalho, envolvendo integrantes da sociedade civil, será criado para atuar na sua elaboração.

Goiás é um dos pioneiros na implementação de uma política sistematizada para essa população. Apenas Minas Gerais e Rio Grande do Norte já publicaram um plano similar. De acordo com o secretário Wellington Matos, trata-se de uma demanda cada vez mais urgente, em razão da dinâmica migratória em todo o mundo. “Seja em razão de catástrofes naturais, conflitos entre nações ou a busca de melhores condições de vida, vemos cidadãos de todo o mundo se deslocando com uma frequência bem maior na atualidade. Por isso, a importância de estabelecer políticas públicas voltadas àqueles que necessitam de apoio e proteção internacional.”

Goiás já realiza diversas ações de acolhimento a migrantes, sob a coordenação do Goiás Social. Durante o período crítico da pandemia, forneceu alimentação a 150 indígenas da etnia Warao, vindos da Venezuela, e 50 crianças da comunidade foram matriculados em escolas públicas de Goiânia. Eles também receberam auxílio para obtenção de Registro Nacional de Estrangeiros e assistência à saúde. Crianças venezuelanas indígenas com até seis anos de idade também são beneficiadas com o cartão Mães de Goiás, com o recebimento de R$ 250 ao mês.

Goiás é o 14º estado com maior número de imigrantes registrados no país, conforme dados de 2022. Entre os 6.384 inscritos no Cadastro Único, 3.398 são mulheres e 2.986, homens. Eles estão distribuídos em 218 municípios, sendo que a maioria veio da Venezuela, 3.156 pessoas. Em segundo estão os migrantes do Haiti (503), Colômbia (142) e Bolívia (127).

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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